Há ditados que o tempo transforma em anacrónicos. Muito antes dos aviários de criação industrial modernos havia um ditado popular português que estabelecia que quando o pobre come galinha, há um deles que está doente. Isso, por causa das reconhecidas virtudes terapêuticas das canjas e do preço elevado que então atingia a carne das aves, criadas em galinheiros domésticos e abatidas em dias de celebração – ou então quando alguma doença qualquer as dizimava...
E é esse ditado que pretendo aproveitar para o adaptar para os nossos tempos modernos. Quando uma revista de um certo mundo rico, liberal, como é o caso da The Economist, faz um artigo a respeito de um pequeno país pobre, do terceiro mundo, como a Guiné-Bissau é porque algo de estranho se está a passar: ou lá se descobriram jazidas de alguma matéria-prima em tal quantidade que mudarão o seu futuro, ou então é porque há bronca da grossa…
Infelizmente, para aqueles que tanto parecem gostar do país e da gente, há bronca da grossa… Acumulam-se os indícios que a Guiné-Bissau está em vias de se transformar no primeiro narco-estado africano, um entreposto onde se deposita a cocaína latino- americana depois da travessia do Atlântico, para escolha a partir dali das melhores vias de distribuição que possam atingir os mercados europeus. Duas apreensões de carregamentos de 600 Kg do produto nos últimos meses parecem confirmar esse cenário.
Coloquei uma referência a este post no meu blogue. Este comentário serve apenas para te informar disso.
ResponderEliminarOK. Este comentário serve apenas para informar que li o anterior.
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