30 junho 2007

DA ROUPA PRETA DE VITORINO À ESCRITA ÁCIDA DE VASCO PULIDO VALENTE PASSANDO PELOS ÓCULOS ESCUROS DE PEDRO ABRUNHOSA

Terá sido já há uns valentes anos que, numa entrevista, quando lhe foi perguntada a razão porque Vitorino aparecia sempre vestido com roupa preta e bóina, o cantor confessou que isso fora uma imposição da sua editora. Não jurarei pela veracidade da história, mas foram indiscutíveis os efeitos da sua difusão na carreira de um cantor que a fizera também à custa de uma imagem revolucionária…
Em contrapartida, segundo o que corre, parece não ser a editora de Pedro Abrunhosa que lhe impõe o porte continuado dos óculos escuros (nos formatos mais variados) que estão associados à sua imagem artística: segundo o convencimento geral é uma imagem deliberadamente cultivada por si, até às últimas consequências, mesmo as mais burlescas…
Depois de redescobrir na 5ª Feira passada, no Público, num texto muito engraçado a propósito (e em defesa) do cigarro, como é agradável ler algumas coisas escritas por Vasco Pulido Valente quando tenham um pH próximo de 7, descubro-me a perguntar-me se as suas tradicionais prosas ácidas de fim de semana no mesmo jornal serão uma imposição do editor ou se se tratará mesmo uma questão de culto da sua imagem artística

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