É sabido que durante o período da Guerra-Fria também houve várias guerras quentes em que os dois blocos se enfrentaram. Havendo necessidade de as exemplificar, dever-se-iam escolher as mais conhecidas: a Guerra dos Seis Dias, de Junho de 1967, entre Israel e os países árabes, como exemplo de uma guerra convencional, e a intervenção norte-americana no Vietname (1965-73), como exemplo de uma guerra subversiva.
Mas houve muitos outros exemplos. Contudo, se houver que estabelecer um padrão, a notoriedade actual dos conflitos que tiveram então lugar estão associadas directamente à participação ou não nele de um grande país ocidental conjugada com a circunstância de o conflito se enquadrar ou não com a grande disputa que então se travada entre o Ocidente e o Leste.
Por exemplo, a Guerra do Vietname (1965-73) é muito mais conhecida do que a quase simétrica Guerra do Afeganistão (1979-89) envolvendo os soviéticos. Por outro lado, a Guerra das Malvinas/Falkland de 1982, quando britânicos e argentinos (ambos aliados dos Estados Unidos) disputaram aquele arquipélago no Atlântico Sul tornou-se hoje num embaraçoso episódio, quando evocado politicamente.
As Guerras que tendemos a conhecer muito pouco no Ocidente são assim as que foram travadas entre dois países não ocidentais que não estivessem integrados em blocos antagónicos: foram os casos das guerras travadas entre a China e a Índia em Outubro de 1962, entre a China e o Vietname (Fevereiro e Março de 1979), ou as que se arrastaram como a travada entre Irão e Iraque (1980-88) ou a Guerra Civil no Yemen (1962-70).
Por serem desconhecidas, as fotografias destas guerras esquecidas merecem legendas: a primeira fotografia é de soldados indianos adaptando-se as condições de combate em altitude em 1962, a segunda de soldados chineses preparando-se para entrar numa cidade vietnamita em 1979, a terceira é de soldados iranianos em pose vitoriosa para a fotografia (1982) e, finalmente, milícias iemenitas de facção incerta em data incerta.
Esquecidas pela comunicação social, não deixam de ser menos importantes por isso. Vale a pena falar de cada uma delas mais em detalhe em próximos postes.
Por exemplo, a Guerra do Vietname (1965-73) é muito mais conhecida do que a quase simétrica Guerra do Afeganistão (1979-89) envolvendo os soviéticos. Por outro lado, a Guerra das Malvinas/Falkland de 1982, quando britânicos e argentinos (ambos aliados dos Estados Unidos) disputaram aquele arquipélago no Atlântico Sul tornou-se hoje num embaraçoso episódio, quando evocado politicamente.
As Guerras que tendemos a conhecer muito pouco no Ocidente são assim as que foram travadas entre dois países não ocidentais que não estivessem integrados em blocos antagónicos: foram os casos das guerras travadas entre a China e a Índia em Outubro de 1962, entre a China e o Vietname (Fevereiro e Março de 1979), ou as que se arrastaram como a travada entre Irão e Iraque (1980-88) ou a Guerra Civil no Yemen (1962-70).
Por serem desconhecidas, as fotografias destas guerras esquecidas merecem legendas: a primeira fotografia é de soldados indianos adaptando-se as condições de combate em altitude em 1962, a segunda de soldados chineses preparando-se para entrar numa cidade vietnamita em 1979, a terceira é de soldados iranianos em pose vitoriosa para a fotografia (1982) e, finalmente, milícias iemenitas de facção incerta em data incerta.
Esquecidas pela comunicação social, não deixam de ser menos importantes por isso. Vale a pena falar de cada uma delas mais em detalhe em próximos postes.
Venham esses "postes"... e faça-se luz!
ResponderEliminarE não se esqueça o Suez, em que os EUA convergiram com a URSS mais por obrigação do que por vontade própria.
ResponderEliminarPermita-me cordialmente discordar, João Pedro: não classifico a Guerra do Suez de 1956 como uma das guerras esquecidas, muito pelo contrário.
ResponderEliminarPor um lado, houve a participação de três países ocidentais (Reino Unido, França e Israel) que lhe deu grande notoriedade. E foi toda essa notoriedade que se transmitiu ao gesto norte-americano de não apoiar os ocidentais.
Mas não se esqueça que a posição norte-americana foi sempre "oscilante" quando se tratava de conflitos coloniais ou "para-coloniais" como era este caso, provocado pela nacionalização do Canal do Suez. Basta lembrar o caso português...
Mas também é verdade que a lista que mencionei era exemplificativa: não mencionei a Guerra do Biafra (1967-70), por exemplo...