20 julho 2006

SOMEWHERE HEALTH HOTEL


A Marriott International, proprietária da maior cadeia de hotéis dos Estados Unidos, anunciou ontem que irá proibir que se fume nos quartos(*) de todas as suas unidades dos Estados Unidos e do Canadá. A novidade, muito salutar, é que a decisão não foi atribuída a qualquer preocupação hipócrita com a saúde pública, mas simplesmente a uma questão de rentabilidade.

Tanto pior para a máxima comercial, frequentemente anunciada, que considera que o cliente tem sempre razão. Se o cliente fumar, nos Estados Unidos o cliente não tem razão, nem tem direito a ter razão. Se quiser, que se mude para outro hotel onde permitam essas práticas lesivas para a saúde. Tanto mais que isso permite às empresas hoteleiras reduzir os seus custos operacionais.

A quem estiver a dirigir a Marriott International actualmente vale a pena não perder o balanço para o próximo passo da poupança saudável de custos: a racionalização das dosagens dos seus pequenos-almoços buffet. Uma alimentação saudável com as calorias e as proteínas correctas - nada desses abusos de se servir à discrição! - para o adelgaçamento e a obtenção de uma silhueta harmoniosa, idêntica à daqueles americanos que se costumam ver nos programas da TV!
(*) Pode ser que haja no hotel um lugar expressamente destinado aos fumadores, normalmente o antigo cubículo da arrecadação das vassouras, redecorado para o efeito com três cadeiras e dois cinzeiros, e onde se acotovelam 47 fumadores simultaneamente (entre hóspedes e staff). Como passatempos para os hóspedes, além do tradicional jogo das cadeiras, há aquele jogos de construção para empilhar as beatas de tantos fumadores em dois cinzeiros apenas...

Nota: Declaração de interesses à José Pacheco Pereira (só se fazem quando realçam o nosso grau de independência do assunto em apreciação): (já) não fumo.

3 comentários:

  1. Pois a Marriott International que se prepare: não conte comigo em nenhum dos seus hotéis.
    Não é que os lucros da empresa desçam assim tanto com a minha decisão mas... lá tenho a minha dignidade!

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  2. Pois é, Marta, eu também tive a mesma reacção quando era fumador e aconteceu a mesma coisa com as companhias de aviação - muito tempo me mantive fiel à TAP por ser das poluentes... - e veja lá como estão agora as coisas...

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