06 julho 2006

MÉXICO


No Domingo passado realizaram-se eleições presidenciais no México. De acordo com os resultados preliminares, anunciados logo na Segunda-Feira, havia sido uma eleição muito renhida com Calderon, o candidato da Direita, a ultrapassar em cerca de 0,6% (uns 260.000 votos) Obrador, o candidato da Esquerda.

Dada a proximidade dos resultados dos dois candidatos mais bem colocados, a Comissão Eleitoral decidiu proceder a uma recontagem dos votos, uma saudável medida destinada a dissipar dúvidas futuras. Pelo menos, foi assim que ingenuamente a equacionei, visto que em termos absolutos, para uma recontagem, considerava que 260.000 votos seriam uma margem confortável.

Afinal o processo de recontagem está cerrado e parece estar a transformar-se numa guerra de comunicados, com Obrador aproveitando-se de uma vantagem sua aos 70% da recontagem para a anunciar, a que Calderon responde, aos 97%, para anunciar a sua, quase definitiva, a que Obrador depois riposta alegando fraude.

Perante a sobriedade noticiosa dos jornais internacionais, especialmente os do grande vizinho do norte do México, que nestas coisas de escrutínios em eleições presidenciais não podem dar lições a ninguém, só uma coisa parece certa: os resultados parecem apontar para um México fortemente dividido politicamente, com o Norte a votar à Direita e o Sul a votar à Esquerda.

3 comentários:

  1. Norte à direita e Sul à esquerda... Já ouvi isto em qualquer lado!!!

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  2. É verdade, mas também há países com Norte à esquerda e Sul à direita - a Itália e a Inglaterra, por exemplo.

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  3. Lá tinha que vir a Itália dar cabo das estatísticas latinas!
    Quanto aos "outros", não são exemplo para ninguém...
    Temos uma bota difícil de descalçar e um bocado de uma ilha que pagava por uma transferência ali para os lados da Terra Nova, para não perder o nevoeiro!

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