Shimon Peres (…) e Tzippi Livni (ministra israelita dos negócios estrangeiros) (…) dizem que Israel não procura apenas a compreensão externa para o que considera acções de legítima defesa: quer um maior envolvimento internacional para isolar os grupos terroristas e os Estados que os apoiam.
É assim que começa, com aquelas declarações em destaque, a reportagem, na página 4 do Público, de José Manuel Fernandes (JMF) em Telavive, onde está presumivelmente a convite dos israelitas – no fim da reportagem consta a informação que JMF viajou a convite do ministério dos negócios estrangeiros de Israel.
Apesar de se perceber o propósito desta campanha de charme por parte dos israelitas junto de opinion makers estrangeiros propensos a simpatizar com a sua causa (as posições anteriores de JMF em vários casos de política internacional qualificam-no, apesar dos contorcionismos a respeito do Iraque), parece que ela foi lançada com um atraso excessivo.
Observando os acontecimentos daqui, da Europa, a partir da cobertura que deles está a ser feita, e podendo mesmo manifestar compreensão pelas razões de queixa que os israelitas têm pelo seu lado, ao serem alvo dos atentados terroristas, as vítimas, desta vez, há que reconhecê-lo, estão quase todas do outro lado.
O pior - correndo o risco de soar como um Daniel Oliveira no maniqueísmo com que descrevo o problema transformando-o numa causa - é que, mais do que saber quem está a conquistar as simpatias da opinião pública mundial, as manifestações da parte israelita não parecem ter maior profundidade do que o esmagamento militar dos antagonistas.
Ora, parece que toda a gente em Israel já devia ter percebido que não há nenhuma solução militar para a existência do seu país. Se a houvesse, o problema estaria resolvida há 39 anos, quando Israel, por ocasião da Guerra dos Seis Dias (1967), bombardeou de surpresa as bases e os aeroportos egípcios. Ontem estava a fazer o mesmo ao de Beirute…
É assim que começa, com aquelas declarações em destaque, a reportagem, na página 4 do Público, de José Manuel Fernandes (JMF) em Telavive, onde está presumivelmente a convite dos israelitas – no fim da reportagem consta a informação que JMF viajou a convite do ministério dos negócios estrangeiros de Israel.
Apesar de se perceber o propósito desta campanha de charme por parte dos israelitas junto de opinion makers estrangeiros propensos a simpatizar com a sua causa (as posições anteriores de JMF em vários casos de política internacional qualificam-no, apesar dos contorcionismos a respeito do Iraque), parece que ela foi lançada com um atraso excessivo.
Observando os acontecimentos daqui, da Europa, a partir da cobertura que deles está a ser feita, e podendo mesmo manifestar compreensão pelas razões de queixa que os israelitas têm pelo seu lado, ao serem alvo dos atentados terroristas, as vítimas, desta vez, há que reconhecê-lo, estão quase todas do outro lado.
O pior - correndo o risco de soar como um Daniel Oliveira no maniqueísmo com que descrevo o problema transformando-o numa causa - é que, mais do que saber quem está a conquistar as simpatias da opinião pública mundial, as manifestações da parte israelita não parecem ter maior profundidade do que o esmagamento militar dos antagonistas.
Ora, parece que toda a gente em Israel já devia ter percebido que não há nenhuma solução militar para a existência do seu país. Se a houvesse, o problema estaria resolvida há 39 anos, quando Israel, por ocasião da Guerra dos Seis Dias (1967), bombardeou de surpresa as bases e os aeroportos egípcios. Ontem estava a fazer o mesmo ao de Beirute…
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