Sempre gostei particularmente de títulos que começassem pela preposição De. Dá logo aos assuntos a tratar um cunho de cousas de épocas medievais ou renascentistas; estará para as palavras (tal como o arcaísmo cousa) assim como o som de um alaúde estará para a sonoridade musical.
Uma das ocasiões em que me apercebi mais clara e instantaneamente do poder e, simultaneamente, do desleixo, da globalização foi com um anúncio televisivo de uma festa típica e exclusivamente espanhola, praticamente desconhecida em Portugal (a tomatina*), como forma de promoção a um carro qualquer da Toyota.
Achava eu muito descuidada aquela confusão que os japoneses haviam feito entre nós e os espanhóis, até me aperceber que o meu restaurante chinês habitual tinha começado a servir sushi**, um prato da gastronomia tradicional japonesa, provavelmente apostando na nossa proverbial confusão na identificação daqueles dois povos orientais.
Mesmo que me sinta resignado a aceitar todos esses descuidos frequentes no marketing promocional das marcas por parte das multinacionais, há questões em que ainda a isso resisto, nomeadamente as que têm a ver com a língua portuguesa. Mas julgo ser melhor concretizar com um exemplo, para que o leitor melhor me compreenda.
Aqui há umas largas dezenas de anos, uma multinacional bastante conhecida – a Unilever – lançou em Portugal uma linha de produtos de higiene, como sabonetes e desodorizantes, sobretudo destinados ao público feminino. Talvez por isso, escolheu para ela um nome que soasse atractivo para esse público: Rexina.
Deve ter sido a poupança de custos obtida com a adaptação à norma internacional do nome da linha, assim como o desconhecimento da língua portuguesa, que levou mais recentemente os executivos centrais da Unilever a não serem sensíveis à possibilidade de trocadilhos, rimas e eventuais graçolas afins, e a mudarem o nome de toda a linha de produtos para… Rexona.
* Tomatina: espécie de festival que se celebra todos os anos em Agosto numa vila da província de Valência que consiste numa luta geral na praça da vila atirando tomates uns aos outros.
** Sushi: é um prato de origem japonesa a base de arroz temperado com vinagre e recheado com peixe, marisco, vegetais ou ovo
Uma das ocasiões em que me apercebi mais clara e instantaneamente do poder e, simultaneamente, do desleixo, da globalização foi com um anúncio televisivo de uma festa típica e exclusivamente espanhola, praticamente desconhecida em Portugal (a tomatina*), como forma de promoção a um carro qualquer da Toyota.
Achava eu muito descuidada aquela confusão que os japoneses haviam feito entre nós e os espanhóis, até me aperceber que o meu restaurante chinês habitual tinha começado a servir sushi**, um prato da gastronomia tradicional japonesa, provavelmente apostando na nossa proverbial confusão na identificação daqueles dois povos orientais.
Mesmo que me sinta resignado a aceitar todos esses descuidos frequentes no marketing promocional das marcas por parte das multinacionais, há questões em que ainda a isso resisto, nomeadamente as que têm a ver com a língua portuguesa. Mas julgo ser melhor concretizar com um exemplo, para que o leitor melhor me compreenda.
Aqui há umas largas dezenas de anos, uma multinacional bastante conhecida – a Unilever – lançou em Portugal uma linha de produtos de higiene, como sabonetes e desodorizantes, sobretudo destinados ao público feminino. Talvez por isso, escolheu para ela um nome que soasse atractivo para esse público: Rexina.
Deve ter sido a poupança de custos obtida com a adaptação à norma internacional do nome da linha, assim como o desconhecimento da língua portuguesa, que levou mais recentemente os executivos centrais da Unilever a não serem sensíveis à possibilidade de trocadilhos, rimas e eventuais graçolas afins, e a mudarem o nome de toda a linha de produtos para… Rexona.
* Tomatina: espécie de festival que se celebra todos os anos em Agosto numa vila da província de Valência que consiste numa luta geral na praça da vila atirando tomates uns aos outros.
** Sushi: é um prato de origem japonesa a base de arroz temperado com vinagre e recheado com peixe, marisco, vegetais ou ovo
que eu saiba era para falar dos maleficios da globalização,ñ na vida do autor,do que ele pensa,faz.achei isso uma falta de vergonha na cara!!!!!!!!!!
ResponderEliminarQue eu saiba, tinha e tenciono manter a liberdade de escrever no meu blogue sobre o que me apetece da forma que me apetece.
ResponderEliminarNão cesso de me surpreender com o tipo de dejectos que aparecem por vezes na caixa de comentários.
Fique a saber lila, que de uma próxima vez faço tenção de usar o papel higiénico, por muitos pontos de exclamação que use...