Um dos comentários mais insultuosos proferidos por um governante a propósito de outro país foi proferido por um ex-primeiro-ministro neozelandês que, quando lhe pediram a opinião sobre a contínua emigração de neozelandeses para a Austrália, a considerou positiva, porque constituía uma boa forma de aumentar simultaneamente o QI médio dos dois países.
Não juro pela fidelidade da história, mas não é descabida, porque o insulto (tremendo!) não é perceptível de imediato. E a sua existência serve-nos de alerta para que as relações entre os dois países, apesar de aparentados, não são – nunca foram - as melhores, marcadas por uma rivalidade e características a fazer lembrar as relações ibéricas entre Portugal e Espanha.
Também ali há uma evidente assimetria do potencial estratégico de cada um dos países, com a tendência do mais poderoso (Austrália) a pretender assumir a hegemonia em toda a região, ao arrepio dos interesses neozelandeses. Este conflito exprime-se das mais variadas formas, as desportivas são das que têm mais visibilidade, e cada país – talvez mais a Nova Zelândia - exprime uma particular satisfação em derrotar o outro em râguebi – como os famosos Portugal-Espanha em hóquei em patins…
Nos recentes acontecimentos de Timor-Leste, onde a Nova Zelândia também está presente com um contingente de tropas, a preocupação neozelandesa parece ter sido o de contribuir para acautelar o controle de uma área de segurança da Oceânia, embora considere que, pela sua localização geográfica (no Índico), a responsabilidade recaia na Austrália.
À escala peninsular terá sido o equivalente ao gesto de Portugal enviar um contingente para os Pirenéus, em reforço ao dispositivo espanhol, como forma de contribuir para enfrentar uma eventual ameaça sobre a Península Ibérica. Algo que, de facto, até já aconteceu na realidade, por alturas da Revolução Francesa, com a campanha do Rossilhão.
Vale a pena chamar a atenção para o facto que a Nova Zelândia podia ter optado pela neutralidade e certamente por menos encargos se não tivesse enviado o seu contingente para Timor-Leste. No entanto, deve considerar que há aspectos dos seus interesses que serão melhor defendidos com a presença de um destacamento seu no território, sem procurações passadas aos seus grandes vizinhos australianos.
Convém tomar em conta que no tabuleiro dos contingentes militares e policiais presentes em Timor não existe uma simplicidade linear de Portugal contra os outros. Cada uma das nacionalidades presentes - Austrália, Portugal, Nova Zelândia e Malásia – joga em função de interesses diferentes. A conjugar com os interesses de outras nacionalidades que não estão presentes…
Não juro pela fidelidade da história, mas não é descabida, porque o insulto (tremendo!) não é perceptível de imediato. E a sua existência serve-nos de alerta para que as relações entre os dois países, apesar de aparentados, não são – nunca foram - as melhores, marcadas por uma rivalidade e características a fazer lembrar as relações ibéricas entre Portugal e Espanha.
Também ali há uma evidente assimetria do potencial estratégico de cada um dos países, com a tendência do mais poderoso (Austrália) a pretender assumir a hegemonia em toda a região, ao arrepio dos interesses neozelandeses. Este conflito exprime-se das mais variadas formas, as desportivas são das que têm mais visibilidade, e cada país – talvez mais a Nova Zelândia - exprime uma particular satisfação em derrotar o outro em râguebi – como os famosos Portugal-Espanha em hóquei em patins…
Nos recentes acontecimentos de Timor-Leste, onde a Nova Zelândia também está presente com um contingente de tropas, a preocupação neozelandesa parece ter sido o de contribuir para acautelar o controle de uma área de segurança da Oceânia, embora considere que, pela sua localização geográfica (no Índico), a responsabilidade recaia na Austrália.
À escala peninsular terá sido o equivalente ao gesto de Portugal enviar um contingente para os Pirenéus, em reforço ao dispositivo espanhol, como forma de contribuir para enfrentar uma eventual ameaça sobre a Península Ibérica. Algo que, de facto, até já aconteceu na realidade, por alturas da Revolução Francesa, com a campanha do Rossilhão.
Vale a pena chamar a atenção para o facto que a Nova Zelândia podia ter optado pela neutralidade e certamente por menos encargos se não tivesse enviado o seu contingente para Timor-Leste. No entanto, deve considerar que há aspectos dos seus interesses que serão melhor defendidos com a presença de um destacamento seu no território, sem procurações passadas aos seus grandes vizinhos australianos.
Convém tomar em conta que no tabuleiro dos contingentes militares e policiais presentes em Timor não existe uma simplicidade linear de Portugal contra os outros. Cada uma das nacionalidades presentes - Austrália, Portugal, Nova Zelândia e Malásia – joga em função de interesses diferentes. A conjugar com os interesses de outras nacionalidades que não estão presentes…
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