31 outubro 2008

PEPÉ LE PEW

Houve um episódio que foi recentemente contado pelo jornal suíço francófono Le Matin, que se refere ao desagrado que a Chanceler Ângela Merkel manifestou quanto ao comportamento abusado, demasiado latino do Presidente francês Nicolas Sarkozy por ocasião dos seus encontros. Foi um episódio que levantou alguma celeuma, mas que foi prontamente desmentido, mas que, na minha opinião, tanto pode ser verdadeiro quanto falso.
O episódio só parece importante porque as relações franco-alemãs, apesar de oscilarem entre a aproximação e a rejeição com a regularidade de um ponteiro de metrónomo, têm vindo, progressivamente, a rodear-se de uma coreografia de telenovela, personalizada nos responsáveis políticos de cada época (abaixo), num esforço mediático de escamotear a rivalidade duradoura entre os dois países. Uma rivalidade que desde 1945 se exprime, felizmente, de uma forma pacífica.
Porque, recordemos aqui, numa sondagem realizada naquele ano em França, 76% dos franceses queriam que a Alemanha fosse dividida; 59% que uma parte da sua população fosse deportada; 80% apoiava a proposta do General Leclerc de fuzilar 5 alemães por cada ataque às tropas francesas; 67% eram a favor de anexar o Estado alemão do Saar e 87% confiava que os soviéticos soubessem punir devidamente os alemães (apenas 9% confiavam nos norte-americanos).

Não sei como anda a vossa memória quanto às personagens dos desenhos animados da Merrie Melodies, mas considerando que as relações franco-alemãs partiram de um ponto tão baixo desde 1945, manda a postura de estadista de Ângela Merkel (a ser verdade o que o Le Matin escreveu) que ela se sacrifique um pouco às investidas à Pepé Le Pew (ver acima) do seu colega Nicolas, nem que seja em prol da unidade europeia e da paz entre os povos…

4 comentários:

  1. Enquanto o Sarkozy dá largas à sua afectividade à Chanceler alemã estamos bem.
    Ele devia era aproveitar a embalagem para se dirigir assim aos descendentes dos magrebinos - sugiro eu.

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  2. Que o Napoleão quatro trate "das mâdchen" como uma mulher comum e não como o primeiro-ministro dum estado membro, o mais poderoso da Europa, acho um insulta para todos as mulheres. A modéstia sobre a qual disponha a cancelar alemã, ressalta agudamente da soberba do presidente francês, um caçador de saias.
    cumprimentos de Antuérpia

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  3. Na minha humilde Opiniao um Homem faz a uma Mulher apenas o q ela permite ...
    Nao me parece mmo nada bem q ela apareça nessas manifestaçoes com um Sorriso nos labios ... e dps se venha quixar nao sei bem do q !
    Nao sei na realidade pq se queixa , será do q aconteceu ou do q nao aconteceu dps !??...
    Nao Sei !
    Sei apenas q o Mundo nao Evolue como gostariamos pq nos perdemos em relatos siciais quando na realidade o q podia ter interesse é o q eles estiveram a tratar e nao como se cumprimentam , com abraços , beijos na boca , palmadas no rabo !...
    Façam-no , façam-no bem ... mas la pelo meio só lhes peço q decidam o Melhor para o mundo , pois ocupam Lugares importantes de Grandes Decisoes !!!

    Abraço , A.B.

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  4. Nunca se sabe se andou -ali- mãozinha frncesa no "muro".

    Diz-se que a Angela passa a vida a cismar no que é que ela terá que a Bruna não tem.

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