No mesmo estilo do que fizera com os Jogos Olímpicos, à volta do voo espacial de três dos seus cosmonautas (baptizado Shenzhou 7), a China montou uma grandiosa operação mediática. O que parece ter sido uma grande proeza para os leigos, não o é para especialistas: a saída de cosmonautas para o espaço, abandonando a nave em órbita, que é designada pelo acrónimo em inglês de EVA (Extra-vehicular activity), foi realizada pela primeira vez pelo cosmonauta soviético Alexey Leonov em 1965, há 43 anos atrás…
Acrescente-se aliás que, no quadro da competição feroz que então se travava no espaço entre soviéticos e norte-americanos, a proeza de Leonov (fotografia acima), realizada em Março de 1965, foi reproduzida três meses depois pelo norte-americano Edward White (abaixo), em Junho do mesmo ano. A haver uma evolução tecnológica, terá sido nos processos de recolha de imagem, comparem-se as duas fotografias de então, com a nitidez do filme dos dois cosmonautas chineses, Zhai e Liu, mais abaixo.
Quanto a voos tripulados, o Programa Espacial Chinês parece estar, essencialmente, a recapitular os passos que foram dados 40 anos atrás por soviéticos e norte-americanos. O seu primeiro voo tripulado, de Outubro de 2003, dista 42 anos do de Yuri Gagarin, e a sua primeira tripulação múltipla com dois cosmonautas, em Outubro de 2005, realizou-se 41 anos depois da missão soviética Voskhod-1 de Outubro de 1964. E, como já se percebeu, o atraso não se encurtou neste passo seguinte, o do primeiro EVA.
Mantendo o padrão, a próxima fase será a da criação de uma estação espacial tripulada em órbita terrestre. Os precedentes soviético e norte-americano não são aqui adequados pois eles foram perturbados pela interposição da corrida à Lua, que absorveu a maioria dos recursos. Só seis anos depois da realização do seu primeiro EVA (1965-71) é que os soviéticos colocaram a sua primeira Estação Espacial em órbita – a Salyut-1. No caso dos norte-americanos, passaram-se oito anos (1965-73) até ao lançamento do Skylab.
É aqui que o Programa Espacial Chinês se mostra extremamente ambicioso, ao pretender reduzir este último intervalo para um prazo muito mais curto, entre os dois a três anos, com o lançamento de uma Estação Orbital já baptizada de Tiangong-1 prevista para se realizar em 2010 ou 2011. Se conseguirem vir a cumprir esse prazo, essa sim, será uma proeza técnica merecedora do maior respeito, porque daí já se alcança um patamar tecnológico que pode ser comparável ao que é hoje usado pelos russos.
Quanto a voos tripulados, o Programa Espacial Chinês parece estar, essencialmente, a recapitular os passos que foram dados 40 anos atrás por soviéticos e norte-americanos. O seu primeiro voo tripulado, de Outubro de 2003, dista 42 anos do de Yuri Gagarin, e a sua primeira tripulação múltipla com dois cosmonautas, em Outubro de 2005, realizou-se 41 anos depois da missão soviética Voskhod-1 de Outubro de 1964. E, como já se percebeu, o atraso não se encurtou neste passo seguinte, o do primeiro EVA.
Mantendo o padrão, a próxima fase será a da criação de uma estação espacial tripulada em órbita terrestre. Os precedentes soviético e norte-americano não são aqui adequados pois eles foram perturbados pela interposição da corrida à Lua, que absorveu a maioria dos recursos. Só seis anos depois da realização do seu primeiro EVA (1965-71) é que os soviéticos colocaram a sua primeira Estação Espacial em órbita – a Salyut-1. No caso dos norte-americanos, passaram-se oito anos (1965-73) até ao lançamento do Skylab.
É aqui que o Programa Espacial Chinês se mostra extremamente ambicioso, ao pretender reduzir este último intervalo para um prazo muito mais curto, entre os dois a três anos, com o lançamento de uma Estação Orbital já baptizada de Tiangong-1 prevista para se realizar em 2010 ou 2011. Se conseguirem vir a cumprir esse prazo, essa sim, será uma proeza técnica merecedora do maior respeito, porque daí já se alcança um patamar tecnológico que pode ser comparável ao que é hoje usado pelos russos.
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