Já se passou quase uma semana e ter-se-ão apagado as emoções ferventes de indignação pelo epíteto de submundo com que António Costa mimoseou a blogosfera no programa Quadratura do Círculo. Mas, mesmo com os ânimos mais calmos, não deixou de ficar registado em seu desprimor, a sua enorme contradição entre aquela classificação e o recurso a esse mesmo tão desqualificado meio durante a campanha eleitoral para a Câmara de Lisboa, através da criação do blogue Costa do Castelo.
De forma mais substantiva, vale a pena referir que a argumentação de António Costa para desclassificar a blogosfera tal qual foi feita naquele programa de TV esteve associada à superficialidade e à falta de informação com que se constituíam pretensos movimentos cívicos na blogosfera, promovendo abaixo-assinados para sanar problemas que afinal não existiam – no caso que invocou, tinha a ver com a manutenção de um painel de azulejos. Naquele contexto, a posição de António Costa até pareceu razoável.
Numa perspectiva mais alargada é que tenho mais do que razões para desconfiar que as preocupações de António Costa só aparecem quando os movimentos compostos por tontos entusiastas mas desinformados não são constituídos para o apoiar. É que eu ainda não me esqueci das notícias sobre a composição da multidão espontânea que o foi vitoriar ao Hotel Altis, por ocasião da sua eleição para a Câmara de Lisboa, vinda em camionetas directamente de Teixoso, de Cabeceiras de Basto ou do Alandroal…
Parece-me um retrato de participação política e cívica muito menos lúcida do que o abaixo-assinado despropositado que tanto incomodou António Costa! E alguém se lembra de algum comentário proferido na altura por si a respeito da composição plurimunicipal da multidão que celebrava a sua vitória alfacinha?... Ou será que o negócio de andar a arrebanhar figurantes no Portugal profundo para a participação em manifestações políticas não é uma outra faceta de um outro submundo?...
De forma mais substantiva, vale a pena referir que a argumentação de António Costa para desclassificar a blogosfera tal qual foi feita naquele programa de TV esteve associada à superficialidade e à falta de informação com que se constituíam pretensos movimentos cívicos na blogosfera, promovendo abaixo-assinados para sanar problemas que afinal não existiam – no caso que invocou, tinha a ver com a manutenção de um painel de azulejos. Naquele contexto, a posição de António Costa até pareceu razoável.
Numa perspectiva mais alargada é que tenho mais do que razões para desconfiar que as preocupações de António Costa só aparecem quando os movimentos compostos por tontos entusiastas mas desinformados não são constituídos para o apoiar. É que eu ainda não me esqueci das notícias sobre a composição da multidão espontânea que o foi vitoriar ao Hotel Altis, por ocasião da sua eleição para a Câmara de Lisboa, vinda em camionetas directamente de Teixoso, de Cabeceiras de Basto ou do Alandroal…
Parece-me um retrato de participação política e cívica muito menos lúcida do que o abaixo-assinado despropositado que tanto incomodou António Costa! E alguém se lembra de algum comentário proferido na altura por si a respeito da composição plurimunicipal da multidão que celebrava a sua vitória alfacinha?... Ou será que o negócio de andar a arrebanhar figurantes no Portugal profundo para a participação em manifestações políticas não é uma outra faceta de um outro submundo?...
Claro que todos os que estiverem fora das golpadas, são golpistas; os que não têm uma "casinha" na Baixa, ao preço da uva mijona, simplesmente porque são "artistas", é porque são... artistas; todos os que não aplaudem embevecidos a destruição sistemática da sua cidade são "do contra", desinformados, rudes, perfeitos imbecis.
ResponderEliminarTinha de sobrar para a "blogosfera": tudo o que não for por eles (e para eles), é lixo, é ruído, é 99% de pessoal mal vestido e que cheira mal da boca.
Curiosamente, pelos vistos, os 1% de ilustres que pensam (correctamente) pela escumalha foram eleitos e vivem à grande apenas com os votos da própria elite.
Curioso sistema eleitoral...
Parafraseando uma Santaneta e talentosa artista de telenovela, diria que os bloguistas do Minho ao Algarve, passando pelas Ilhas, não gostam do presidente da Câmara de Lisboa, nem votaram(!)nele.
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