Nesta época de Crise em que as soluções apresentadas têm de ser substantivas por causa dos profissionais dos sectores a que se destinam mas também cosméticas (os números têm que ser grandes e redondos) para tranquilizar o grande público, a decisão governamental que o Estado possa garantir até 20 mil milhões de euros em empréstimos interbancários efectuados entre instituições de crédito sedeadas em Portugal parece ser uma daquelas medidas que, mesmo que no futuro se venha a revelar insuficiente, parece ter sido muito bem direccionada.
Não o prova, mas as reacções da oposição mais radical, que para não terem de dizer bem da decisão, misturam o grande problema financeiro de curto prazo (a falta de liquidez nas operações interbancárias) com questões económicas que não são assim tão prioritárias: apoios (pouco concretos) para famílias e empresas, segundo o PP; reservas, alguns números e uma boa dose de demagogia*, segundo o BE; o costumeiro aumento de salários, pensões e reformas, e ainda a nacionalização do BPN, segundo o PCP.
Creio que esta Garantia terá sido a primeira medida de vulto anunciada por algum país da Zona Euro depois da reunião dos 15 países que teve hoje lugar em Paris. A razão principal para se ter que ser cauteloso quanto às expectativas das soluções que dali saíram está associado ao facto que as organizações financeiras e os próprios países estarem a esconder a informação sobre até que ponto estarão a ser afectadas pela Crise – em termos mais prosaicos: a fazer-se caixinha, é muito difícil estimar a dimensão global que poderá vir a ter o Buraco Financeiro.
* Se o BE não se esquece de referir que a Garantia prestada pelo Governo corresponde a 10% do PIB (na verdade, a 11,7%) o que, segundo eles, equivale a cinco vezes o actual deficit orçamental, esquece-se, por sua vez, de estimar ou referir a que % do PIB e a que deficit orçamental corresponderia a Garantia de todos os depósitos bancários de particulares, medida que o BE preconiza.
Não o prova, mas as reacções da oposição mais radical, que para não terem de dizer bem da decisão, misturam o grande problema financeiro de curto prazo (a falta de liquidez nas operações interbancárias) com questões económicas que não são assim tão prioritárias: apoios (pouco concretos) para famílias e empresas, segundo o PP; reservas, alguns números e uma boa dose de demagogia*, segundo o BE; o costumeiro aumento de salários, pensões e reformas, e ainda a nacionalização do BPN, segundo o PCP.
Creio que esta Garantia terá sido a primeira medida de vulto anunciada por algum país da Zona Euro depois da reunião dos 15 países que teve hoje lugar em Paris. A razão principal para se ter que ser cauteloso quanto às expectativas das soluções que dali saíram está associado ao facto que as organizações financeiras e os próprios países estarem a esconder a informação sobre até que ponto estarão a ser afectadas pela Crise – em termos mais prosaicos: a fazer-se caixinha, é muito difícil estimar a dimensão global que poderá vir a ter o Buraco Financeiro.
* Se o BE não se esquece de referir que a Garantia prestada pelo Governo corresponde a 10% do PIB (na verdade, a 11,7%) o que, segundo eles, equivale a cinco vezes o actual deficit orçamental, esquece-se, por sua vez, de estimar ou referir a que % do PIB e a que deficit orçamental corresponderia a Garantia de todos os depósitos bancários de particulares, medida que o BE preconiza.
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