07 novembro 2007

PARA POUPAR EMBARAÇOS, A MADEIRA DEVERIA SER UM PAÍS À PARTE

O Plenário da Assembleia Legislativa da Madeira foi ontem suspenso, com o consequente encerramento antecipado da sessão, depois de alguns deputados terem evitado que Baltazar Aguiar, do PND, e Jaime Ramos, líder parlamentar do PSD, se envolvessem em agressão física.
Os apartes de Ramos, (…) desagradaram a Baltazar Aguiar que, inconformado com a passividade do presidente do parlamento, (…) se dirigiu à bancada laranja e desafiou o seu líder a repetir os vitupérios. Alguns deputados interpuseram-se (…)
Já não é a primeira vez que Ramos se envolve em intervenções deste género (…) apresentou queixa ao tribunal, mas o processo está parado porque a Assembleia não levantou a imunidade parlamentar.
Esta é uma síntese de uma notícia de hoje do Público (p.10), a fazer lembrar aqueles filmes que volta, não volta, aparecem na televisão onde deputados de parlamentos de países considerados democracias menores (Ucrânia, Rússia, Turquia, Formosa, Coreia, etc.) se envolvem em grandes cenas de pancadaria, promovendo o descrédito de toda a actividade parlamentar do país onde teve lugar a bordoada. No caso do parlamento madeirense até já está identificado um verdadeiro Mike Tyson dos sarilhos, na pessoa de Jaime Ramos, o denominador comum de tudo o de invulgar que lá se passa… Pior que isso, só mesmo o ambiente de riqueza informativa que se vive na Madeira, como se constata pela reportagem que cobre os trabalhos da sua Assembleia Legislativa na edição de hoje do Jornal da Madeira: nenhuma menção ao incidente. Será que o correspondente do Público (Tolentino da Nóbrega) tem uma imaginação prodigiosa?

Mais a sério, os madeirenses tem todo o direito a escolherem o regime que quiserem, eu estou no meu de reclamar que tais práticas me embaraçam num país que também é o meu! O Alberto João Jardim não quer voltar a acenar com o fantasma da secessão? Era um prazer...

3 comentários:

  1. Concordo inteiramente. Puxa, parece a República das bananas.

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  2. É um país de bananas, onde os seus representantes eleitos parecem resolver, mais frequentemente do que seria natural, os seus assuntos à custa de "bananos".

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  3. É mesmo a República das bananas... caras!
    A banana madeirense custa mais 30 cêntimos por quilo que aquela que vem do Equador, que é aqui mesmo ao lado.
    A Madeira é muito longe... de tudo!

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