O Paquistão tem uma capital política – Islamabad – e uma capital económica – Karachi – que é também o porto mais importante e a maior cidade do país. Foi por Karachi que Benazir Bhutto escolheu regressar ao Paquistão quando recebeu autorização para tal. Mas Karachi também é a capital do Sind, a região paquistanesa que sempre constituiu a base do poder da família Butho, e terá sido por isso que Benazir escolheu a cidade para marcar o seu retorno.
O seu grande rival histórico, Nawaz Sharif, cuja base do poder da sua familia é a região do Punjab, preferiu regressar por Lahore, a cidade capital dessa região (a mais povoada do Paquistão) e a segunda maior cidade do país. O Presidente (e General...) Pervez Musharraf continua a residir, naturalmente, em Islamabad. Pessoalmente, Musharraf não é suspeito de mostrar preferências por sindis ou por punjabis: é um mohajir, descendente dos muçulmanos que abandonaram a Índia em 1947, nascido em Deli.
Em contrapartida, o juiz Iftikhar Chaudhry, o presidente do Supremo Tribunal de Justiça que se opôs à reeleição de Musharraf e foi removido por ele, é um punjabi. Mas o seu substituto interino, escolhido pelo mesmo Musharraf, Abdul Dogar, é um sindi. Muito se fala das tribos das regiões altas do Paquistão, aparentadas com as do outro lado da fronteira (Afeganistão), mas parece que as soluções políticas para a integridade do país terão que ser primeiro encontradas com os povos das terras baixas das margens do Rio Indo...
Em contrapartida, o juiz Iftikhar Chaudhry, o presidente do Supremo Tribunal de Justiça que se opôs à reeleição de Musharraf e foi removido por ele, é um punjabi. Mas o seu substituto interino, escolhido pelo mesmo Musharraf, Abdul Dogar, é um sindi. Muito se fala das tribos das regiões altas do Paquistão, aparentadas com as do outro lado da fronteira (Afeganistão), mas parece que as soluções políticas para a integridade do país terão que ser primeiro encontradas com os povos das terras baixas das margens do Rio Indo...
Eis uma informação de grande utilidade para ajudar a interpretar as movimentações políticas em curso no Paquistão.
ResponderEliminarLS
Agradeço o seu comentário LS, e folgo em ver que já recuperou a sua identidade comentadora...
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