
Mas há momentos onde se revela que, por detrás daquela pose, Pulido Valente será tão filho da sua terra como os demais, sujeito às mesmíssimas regras. A sua apreciação sobre Rio das Flores, o novo livro de Miguel Sousa Tavares*, que foi publicada no Público do passado dia 24, mostra muito mérito e muito método**. Contudo, e por mais que o próprio tente desmentir no texto que escreve, durante a leitura nunca me conseguiu fazer alhear de quanto por detrás daquela crítica poderá estar a disputa pelo primeiro lugar do cronista português que consegue dizer as coisas de forma mais desassombrada… Foi esta gente para o estrangeiro e, se calhar, além da pose, não aprenderam (mais) nada...
* Sintetizada em: Vale pouco ou nada como romance histórico, é pobre e vulgar como romance de família.
** É imprescindível não esquecer, por outro lado, que Vasco Pulido Valente também já escreveu uma prosa desculpabilizando (desastradamente) as acusações de plágio (flagrante) que incidiram sobre Clara Pinto Correia, o que me faz levantar (todas as) reservas quanto à independência e idoneidade dos seus comentários.
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