A TSF deu hoje grande relevo às declarações do Major-General Raul Cunha a respeito da política prosseguida pela União Europeia em relação ao Kosovo. A posição do entrevistado, que é o principal conselheiro militar da Missão da ONU estacionada naquele novo país, é extremamente crítica quanto ao comportamento que tem sido assumido por alguns dos países membros da União Europeia, nomeadamente os maiores países que a constituem.
Posso questionar-me, de forma cínica, que factor poderá estar por detrás da notoriedade dada precisamente nesta altura às opiniões daquele militar português. Tenho contudo de reconhecer que o Major-General não tem guardado as suas opiniões apenas para ele: já na altura da declaração unilateral da independência do Kosovo, em Dezembro de 2007, ele afirmara na SIC-Notícias que considerava o novo país economicamente inviável.
Admito que os interesses da ONU, cuja Missão militar Raul Cunha chefia e defenderá, coincidam apenas nos aspectos mais gerais mas não rigorosamente com os prosseguidos pela União Europeia. Mas a sua denúncia é que estes últimos, enquanto tal, parecem não existir sequer: o que existirá é um somatório de interesses geoestratégicos das maiores potências europeias, que estarão descoordenados e serão até provavelmente concorrentes entre si.
É muito provável que os próceres da integração europeia em Portugal não se mostrem muito interessados em refutar (pelo menos nas mesmas bases concretas...) as críticas produzidas pelo Major-General. Há escolhas de carreira óbvias: ao proferir aquelas declarações, aquele oficial general já deve estar desconfiado que terá prescindido de uma condecoração europeia idêntica à que distinguiu recentemente a emérita jornalista Teresa de Sousa...
Admito que os interesses da ONU, cuja Missão militar Raul Cunha chefia e defenderá, coincidam apenas nos aspectos mais gerais mas não rigorosamente com os prosseguidos pela União Europeia. Mas a sua denúncia é que estes últimos, enquanto tal, parecem não existir sequer: o que existirá é um somatório de interesses geoestratégicos das maiores potências europeias, que estarão descoordenados e serão até provavelmente concorrentes entre si.
É muito provável que os próceres da integração europeia em Portugal não se mostrem muito interessados em refutar (pelo menos nas mesmas bases concretas...) as críticas produzidas pelo Major-General. Há escolhas de carreira óbvias: ao proferir aquelas declarações, aquele oficial general já deve estar desconfiado que terá prescindido de uma condecoração europeia idêntica à que distinguiu recentemente a emérita jornalista Teresa de Sousa...
Conclusão:
ResponderEliminarO Sr. Major General não liga a "merdalhas"...
Pode ser que no 10 de Junho...
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