Ainda a propósito de José II da Áustria e do insucesso global que representaram os dez anos do seu reinado, vale a pena mencionar o episódio de Karansebes, no quadro de uma Guerra entre os Impérios austríaco e otomano, que se travou de 1787 a 1791. Conhecido também pelo nome de Batalha de Karansebes, prefiro a designação que escolhi para título, por analogia com o que, às vezes, acontece com as manadas. Naquele dia (17 de Setembro de 1788), o exército austríaco em campanha, com cerca de 100.000 efectivos, conseguiu o feito de armas raro de se derrotar a si mesmo…
Foi um episódio que não honra os pergaminhos do exército de qualquer nação e por isso será tão desconhecido… A reconstituição do que aconteceu começa pela troca de tiros (a propósito de uma pilhagem) entre duas unidades distintas (de nacionalidade distinta…) do multinacional exército austríaco. O episódio foi escutado e percebido pelas outras unidades mais afastadas como se se tivesse tratado de uma aproximação inesperada do inimigo turco e seguiu-se um dos episódios mais extensos e lamentáveis (cerca de 10.000 mortos) do que hoje se designa por incidente por fogo amigo.
Há quem tenha romantizado a questão, atribuindo uma parte das causas da barafunda às barreiras linguísticas do exército austríaco, inventando até as ordens de comando que foram mal interpretadas, esquecendo-se como os exércitos dessa época eram todos multinacionais… Havia era problemas de disciplina (a pilhagem original) e de coordenação (onde andavam os batedores?). No meio de uma pouca edificante cena de dezenas de milhares de soldados em fuga, a José II só lhe faltou a humilhação adicional de ter ficado encharcado ao cair do cavalo quando atravessava uma ribeira a vau…
Foi um episódio que não honra os pergaminhos do exército de qualquer nação e por isso será tão desconhecido… A reconstituição do que aconteceu começa pela troca de tiros (a propósito de uma pilhagem) entre duas unidades distintas (de nacionalidade distinta…) do multinacional exército austríaco. O episódio foi escutado e percebido pelas outras unidades mais afastadas como se se tivesse tratado de uma aproximação inesperada do inimigo turco e seguiu-se um dos episódios mais extensos e lamentáveis (cerca de 10.000 mortos) do que hoje se designa por incidente por fogo amigo.
Há quem tenha romantizado a questão, atribuindo uma parte das causas da barafunda às barreiras linguísticas do exército austríaco, inventando até as ordens de comando que foram mal interpretadas, esquecendo-se como os exércitos dessa época eram todos multinacionais… Havia era problemas de disciplina (a pilhagem original) e de coordenação (onde andavam os batedores?). No meio de uma pouca edificante cena de dezenas de milhares de soldados em fuga, a José II só lhe faltou a humilhação adicional de ter ficado encharcado ao cair do cavalo quando atravessava uma ribeira a vau…
Se os americanos fossem cultos e conhecessem este episódio trágico, não tinham feito "fogo amigo" sobre os Ingleses no Afeganistão.
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