Balduíno IV (1161-1185) foi o 6º Rei do Reino de Jerusalém, aquele que foi o mais importante estado fundado pelos cruzados no Médio Oriente em consequência do sucesso registado com a Primeira Cruzada em 1099: a Conquista de Jerusalém. Mas, como se comprova pelo mapa abaixo, as pequenas dimensões do estado faziam com que o título de Reino fosse mais exuberante do que a realidade, numa época medieval em que a posse de terras agrícolas eram o verdadeiro apanágio da prosperidade.

Como numa colónia europeia típica do Século XX naquelas paragens, a comunidade de origem europeia nunca foi numericamente significativa em qualquer daqueles estados, embora a ela pudessem pertencer quase todos os membros da elite: a politica, a militar e a religiosa. Mas a excepção seria a elite económica, porque os circuitos comerciais entre o oriente e o ocidente parecem ter permanecido em mãos locais. Mas também a própria elite de origem europeia se foi aculturando com o decorrer do tempo.

Sem descendência, a Balduíno III sucedeu o seu irmão Amalrico I (1136-1174) e a este, seu filho Balduíno IV (1161-1185), o Rei Leproso, que se tornou rei ainda jovem (13 anos, abaixo uma gravura com a descoberta da doença), mas já se sabendo condenado. Para além dos tradicionais problemas criados pelos critérios de sucessão medievais – que podiam colocar o poder efectivo nas mãos de titulares incapazes de o exercer – as famílias reais destes estados tinham uma alta taxa de mortalidade associadas a baixas taxas de natalidade para as compensar…

Não fora o desaparecimento posterior do Reino de Jerusalém (1291) mais o desinteresse pela Causa da Recolonização da Terra Santa e Balduíno IV, mais a história de um leproso condenado à doença desde criança e que morreu no seu posto na defesa da cristandade, teria tido todas as condições para se tornar num outro mártir da causa cristã, tal qual aconteceu com Luís IX de França (abaixo, 1214-70), um outro Rei-Cruzado falecido por doença no cumprimento do dever (na Tunísia) e canonizado uns meros 27 anos depois da sua morte…

** Além da longevidade, a diferença na natalidade também é notável. Sancho I teve mais 6 irmãos, dos quais apenas 2 irmãs alcançaram a idade adulta, e teve 11 filhos, 8 deles atingiram a idade adulta.
Godefroy de Bouillon é considerado a primeira figura nacional de Bélgica e a sua estátua equestre brilha numa praça de Bruxelas. Na idade de 16 anos tem o poder sobre a condado de Antuérpia e Bouillion . (Valónia ).Fundou o país de Jerusalém mas recusou o títere de rei,preferia chamar se protector da" sepultura sagrada" o seu irmão Balduíno foi coroado rei de Jeruzalem.
ResponderEliminarcumprimentos de Antuerpia
Alfacinha:
ResponderEliminarFez bem, e eu agradeço-lhe, ter recordado a figura de Godofredo de Bulhão, o primeiro soberano (embora não coroado) de Jerusalém.
Não o sabia Conde da sua Antuérpia.
E julgava que a primeira (em cronologia) figura nacional da Bélgica era Ambiorix, o chefe celta que se opôs a Júlio César...
Cumprimentos e agradecimentos