Pois... A notícia de hoje é que parece que são precisos mais mil milhões. E como já se sabe que o Fundo de Resolução não tem fundos, avançam os gajos do costume. Esclareço que o que me parece deplorável não é isto ter que ser assim: vendo o que já escrevi sobre o assunto, já me apercebi que estes pedidos ocorrem com uma regularidade impressionante e, curiosamente, também por esta altura (este poste de 17 de Fevereiro de 2018), como se tapar os buracos que se vão descobrindo no BES se tratasse de um concorrente do Carnaval de Loulé ou da Mealhada. Politicamente e desde que a resolução do BES começou, estiveram lá os outros (as garantias solenes acima são dessa altura e são as piores mentiras de toda a história), vieram estes, há sempre fitas a fingir que o dinheiro não pinga, que vai ser racionado, que é a última vez, até nos contaram que o assunto já fora arrumado! E é sempre mentira. Não com a veemência desabrida da Joacine, mas talvez com a sobriedade poética de João Pedro Pais. É mentira mas quando se aborda este assunto, o tradicional facciosismo leva a que a maioria das pessoas culpe mais um dos lados e seja mais indulgente para com o outro. Contudo, os cinco anos e meio e os mais de cinco mil milhões de euros de injecções que ele já leva constitui um dos exemplos mais deploráveis da falta de transparência e de honestidade dos governantes - todos os governantes! - em relação aos governados.
Lembro-me disso e de um muito conhecido comentadeiro, que no seu "espaço de opinião" gozava o pagode e dizia que não havia dinheiro para nada... Pois não, mas só para o que cada um de nós, humildes papalvos, mais precisamos - conforto, saúde...
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