Espero que os ingleses sejam mais espertos do que nós, e que se investigue com mais profundidade do que apenas estas superficialidades com que a comunicação social está a ser alimentada, para que a opinião pública se assegure das verdadeiras razões porque um ministro das Finanças se demite ao fim de há apenas dois meses ter sido reconduzido no cargo (ocupou o cargo por sete meses no total). Foi tudo apenas uma questão de escolha de assessores? E o problema demorou dois meses a eclodir? Acredite quem quiser... A comunicação social britânica está cheia de conversa de merda e explicações pitorescas, deflectindo as atenções do facto de que esta remodelação governamental teve lugar uns escassíssimos dois meses depois de Boris Johnson ter ganho as eleições e formado um novo governo... Que porra, isto é ingenuidade (ou inépcia) a mais para se aceitar a um primeiro-ministro, se ele já chefiava o governo antes disso. Ele bem podia ter escolhido logo as pessoas adequadas da segunda vez que formou governo, não?
Lembremo-nos que algo muito parecido do que acabou de acontecer no Reino Unido com Boris Johnson e Sajid Javid, já aconteceu aqui há uns quinze anos em Portugal com José Sócrates e Luís Campos e Cunha (embora, nesse caso, a demissão tivesse ocorrido quatro meses depois da posse do governo). À época, a conversa da nossa comunicação social (abaixo) era precisamente a mesma da britânica agora: nada mudara, estava tudo porreiro, e ninguém quis valorizar o incidente; quando a verdadeira verdade se veio a saber, anos depois, já era muito tarde e já (quase) todos nos havíamos arrependido amargamente. Note-se que não estou a sugerir que Boris Johnson seja um escroque; estou apenas a recomendar aos jornalistas britânicos que descubram as verdadeiras razões porque Javid se quer demarcar desde já daquilo que Johnson se propõe fazer - algo que eu, pelo menos, tenho uma certa dificuldade em perceber. Mas eu, também, não sou inglês... mas confesso que não dei a devida atenção aos avisos sobre José Sócrates.
Lembremo-nos que algo muito parecido do que acabou de acontecer no Reino Unido com Boris Johnson e Sajid Javid, já aconteceu aqui há uns quinze anos em Portugal com José Sócrates e Luís Campos e Cunha (embora, nesse caso, a demissão tivesse ocorrido quatro meses depois da posse do governo). À época, a conversa da nossa comunicação social (abaixo) era precisamente a mesma da britânica agora: nada mudara, estava tudo porreiro, e ninguém quis valorizar o incidente; quando a verdadeira verdade se veio a saber, anos depois, já era muito tarde e já (quase) todos nos havíamos arrependido amargamente. Note-se que não estou a sugerir que Boris Johnson seja um escroque; estou apenas a recomendar aos jornalistas britânicos que descubram as verdadeiras razões porque Javid se quer demarcar desde já daquilo que Johnson se propõe fazer - algo que eu, pelo menos, tenho uma certa dificuldade em perceber. Mas eu, também, não sou inglês... mas confesso que não dei a devida atenção aos avisos sobre José Sócrates.
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