28 fevereiro 2020

TRATAMENTO POR «ATACADO» DOS SUSPEITOS DO CORONAVÍRUS

Depois de terem compreendido que se haviam tornado ridículos pelos excessos noticiosos, os órgãos de comunicação social fizeram uma inflexão no formato como noticiam o aparecimento de mais casos suspeitos de coronavírus. Deixaram de trabalhar a retalho para passarem a ser grossistas, tratando o assunto da despistagem dos suspeitos por infecção por atacado. Como se depreende pelo título da notícia acima passou a haver sempre uma dúzia, dúzia e meia «à espera de análises», mesmo que com isso se perca a emoção da espera e o frenesim do desfecho: foi desta que apareceu o primeiro caso em Portugal! Não, não foi... Esse caso irá aparecer mas, por esta vez, tem a sua piada que a comunicação social tenha sido vítima de si mesma e dos próprios ritmos noticiosos que ela impõe para captar a atenção do público. A mesma notícia quando repetida no mesmo formato por mais de três dias ou sai de agenda ou torna-se objecto de chacota. Ou então tem que ser reformulada num design menos dramático, como aconteceu neste caso.

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