12 de Fevereiro de 1950. Na última página do Diário de Lisboa reúnem-se, em curiosa coincidência, duas notícias destacando comentários de Charles de Gaulle e de Winston Churchill. O primeiro «revelara num discurso como contaria chegar ao poder», o segundo «prescrevia remédios para os males de que sofria a Inglaterra». Depois de terem aparecido como o símbolo da vitória das suas respectivas nações no final da Segunda Guerra Mundial, haviam-se seguido cinco anos de agruras em que os respectivos países os haviam esquecido, relegando-os para a oposição (Churchill) ou para a reserva moral (de Gaulle). É o despeito que une as duas notícias e os dois protagonistas, embora a História, que costuma ser tão ingrata, neste caso tenha sido excepcionalmente simpática para ambos, permitindo-lhes o ambicionado retorno ao poder. Churchill mais cedo, logo em Outubro do ano seguinte (1951), enquanto de Gaulle teve que esperar pela crise de Maio de 1958.
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