06 fevereiro 2020

OS PRIMEIROS TEMPOS DE VERDADEIRA COOPERAÇÃO ESPACIAL, DEPOIS DO FIM DA GUERRA FRIA

6 de Fevereiro de 1995. No quadro de uma ampla colaboração espacial entre russos e americanos, o programa Shuttle-Mir, que só se começara a concretizar depois do fim da Guerra-Fria, havia tido lugar o primeiro voo tripulado norte-americano (vaivém Discovery) que se encarregaria de posicionar nas proximidades da estação espacial russa Mir. Saídos de Cabo Canaveral na madrugada de dia 3 de Fevereiro, foi só no dia 6 - ou seja, há precisamente vinte e cinco anos - que as duas naves se aproximaram o suficiente para que se comprovasse a imagem acima do emblema da missão STS-63. A próxima fase, que envolveria finalmente a atracagem de um vaivém espacial com a estação espacial, só se viria a realizar numa missão posterior, a STS-71, realizada em Junho desse mesmo ano. Apesar de se perceber que, apesar das aparências, a rivalidade de décadas não iria desaparecer de um momento para o outro, era salutar observar estes situações concretas de cooperação no espaço. A ironia da situação, vista a esta distância de tempo, é que então eram os americanos que se ofereciam para transportar os cosmonautas russos para órbita, já que as suas naves Soyuz só podiam transportar 3 tripulantes de cada vez, e os vaivéns americanos tinham uma capacidade muito superior (como se lê acima, nesta missão viajavam 6 astronautas, um dos quais russo); actualmente, e porque cancelaram os vaivéns sem que dispusessem de uma alternativa operacional, os americanos estão dependentes dessas mesmíssimas naves Soyuz para colocarem os seus astronautas em órbita...

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