António Correia de Campos terá sido um daqueles casos em que a nossa informação teve sucesso em lhe conseguir colar uma imagem de pessoa detestável. No auge do processo de centralização das maternidades, atribuía-se-lhe a culpa de tudo, até pelo nascimento dos bebés nas ambulâncias (acima). O tempo provou que o destaque dessas notícias aparecia num contexto político muito preciso: depois de Correia de Campos se ter demitido de Ministro da Saúde as notícias de bebés nascidos em ambulâncias desapareceram, como se isso tivesse deixado de acontecer…

Agora parece que já ninguém estará interessado naquilo que António Correia de Campos possa fazer. Mas alguém devia estar, pelo menos aqueles eleitores que votaram no PS nas últimas eleições europeias, dado que António Correia de Campos foi eleito eurodeputado com os seus votos. E pelo que se consegue saber nas
informações oficiais, ele tem feito
muito pouco,
quase nada,
nessas funções. Muito provavelmente, será o eurodeputado português mais
preguiçoso de entre os 22 eleitos, embora seja uma
competição que neste momento se mostra
cerrada entre uns quatro ou cinco nomes
¹…

Alguém cínico terá sugerido que, pelos seus
sofrimentos, e a par com
a presidência da FLAD atribuída a Maria de Lurdes Rodrigues, também Correia de Campos terá sido
brindado pelos socialistas com uma
mordomia bem remunerada em Bruxelas. Afinal, já se percebeu que não será a
meritocracia que rege os princípios pelos quais o PS selecciona os seus parlamentares europeus. Não só não reconduziu o seu
melhor eurodeputado na anterior legislatura (Paulo Casaca, acima) como
premiou o mais
mandrião (
Francisco Assis, abaixo) com a liderança do grupo parlamentar na AR em Lisboa…
¹ Correia de Campos, Regina Bastos, Elisa Ferreira, Paulo Rangel e Mário David.
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