O
Donaltim que eu recordo com saudade é muito mais parecido com aquele que aparece na fotografia abaixo e
neste vídeo do que com o da actualidade. José Freixo ainda tinha cabelo, os diálogos continham demasiados
Sim! Sim! cruzados no diálogo entre ventríloquo e boneco e ainda me lembro como ele acendia um cigarro(!) durante a actuação para o ajudar a disfarçar a pronúncia das consoantes
bilabiais¹.

Diferente, o Donaltim moderno tornou-se num outro fenómeno de popularidade e já tem mesmo direito a aparecer como capa de um jornal diário (abaixo). Não sendo um jornal de referência, muito longe disso, há que reconhecer que o
24 Horas teve a
sobriedade de não escrever, a propósito da notícia do despedimento de José Freixo da
SIC:
Donaltim apela para que José Freixo regresse à televisão.

Porque, em circunstâncias como aquelas, nunca é difícil conseguir fazer a distinção entre quem é o
criador e quem é a
criatura. E é por isso que me pergunto, a propósito de uma notícia saída hoje num jornal, esse sim com pretensões a ser de
referência, qual é a razoabilidade de uma notícia intitulada
Manuela Ferreira Leite apela à recandidatura de Cavaco Silva, como a que saíu hoje no
Público?...
¹ Aquelas consoantes em que o som resulta do contacto dos lábios, o que obriga a movê-los, dificultando a tarefa do ventríloquo: p, b, m. Experimentem pronunciá-las.
Donaltim - Ferreira Leite: X
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