Há o seu quê de intrinsecamente democrático na informação televisiva. Desencadeiam-se momentos em que se desvendam simpatias por personagens tão criticáveis e aqui tão criticadas neste blogue como Alberto João Jardim. O momento milagroso aparece aos 20:45s do Primeiro Jornal de ontem da SIC quando o assunto passa a ser a montanha de inertes que poderá servir para alargar o Funchal mar adentro.
Alberto João Jardim aparece num trecho da reportagem a explicar a sua solução:
– …primeiro os técnicos. – diz ele – Depois as consultas políticas. E depois a decisão. E quando a gente decidir, vocês vão saber.
– Independentemente daquilo que pensarem os ambientalistas? – pergunta o jornalista.
– Mas quem são os ambientalistas? O ambientalista sou eu. O ambientalista aqui sou eu.
O estilo da resposta reconhece-se à distância e é criticável. Mas concentremo-nos por esta vez na pergunta e sejamos nós a fazer algumas. Que é que o jornalista quererá dizer com aquilo os ambientalistas pensarem? Será que ele entende que técnicos se refere a ambientalistas? E que a decisão final terá de ser política? Terá já ele notado que o emblema acima (o da Quercus) nunca se atreveu a aparecer em nenhum boletim de voto?…
– …primeiro os técnicos. – diz ele – Depois as consultas políticas. E depois a decisão. E quando a gente decidir, vocês vão saber.
– Independentemente daquilo que pensarem os ambientalistas? – pergunta o jornalista.
– Mas quem são os ambientalistas? O ambientalista sou eu. O ambientalista aqui sou eu.
O estilo da resposta reconhece-se à distância e é criticável. Mas concentremo-nos por esta vez na pergunta e sejamos nós a fazer algumas. Que é que o jornalista quererá dizer com aquilo os ambientalistas pensarem? Será que ele entende que técnicos se refere a ambientalistas? E que a decisão final terá de ser política? Terá já ele notado que o emblema acima (o da Quercus) nunca se atreveu a aparecer em nenhum boletim de voto?…
Cansa-me a hipocrisia destes amigos do ambiente que estão sempre prontos a desenvolver pura actividade política, pretendendo não o ser e evitando submeter-se ao escrutínio do voto. E cansa-me a ignorância destes jornalistas que nem estas evidências compreendem quando lhes entregam para as mãos um microfone de que não passam de um suporte elevado… O problema da remoção dos inertes? Se tratassem dos existentes nas cabeças deles…
Como sempre, brilhante!
ResponderEliminarNem sempre...
ResponderEliminarConfesso-lhe que, se tivesse estado no lugar de Alberto João Jardim, muito provavelmente teria dado uma resposta muito pior à preocupação do "jornalista" com os "ambientalistas".
O que, sendo genuíno, não era nada brilhante!
Eu concordo com o Francisco Clamote, em relação ao ambiente aqui!
ResponderEliminar:)))))
Sou insuspeito de simpatias com AJJ. Tenho-lhe até um "ódio" de estimação.
ResponderEliminarMas confesso uma " admiração" enorme por ser o único político que responde aos "inertes" jornalistas como eu gostaria.
Mais, eu responderia ainda "pior".
Quando a "jornalista" Judite de Sousa" o entrevistou a primeira vez depois da desgraça da Madeira (terça-feira) e lhe disse que o entrevistaria na próxima quinta adorei a frase "pode entrevistar mas escusa de vir com as perguntas dos "ecologistas" que já sabe quais as minhas respostas (mais ou menos assim).