A propósito do galardão (Bola de Ouro) que Cristiano Ronaldo não recebeu, do frenesim que se prepara para o sorteio dos grupos do próximo Campeonato Europeu de Futebol, há que reconhecer que, no que concerne ao entretenimento global no Século XXI, parece existir uma espécie de Novo Tratado de Tordesilhas: os norte-americanos dominam o negócio dos filmes e os europeus dominam o negócio do desporto.
Claro que há resistentes, dos dois lados do Atlântico, a esta repartição de especialidades. Há quem se bata pela promoção da cinematografia europeia e quem queira promover o Super Bowl (final do campeonato de futebol americano) a acontecimento mundial… Mas a influência disso para a cultura dos tempos modernos é negligenciável, porque se trata apenas de uma mera disputa entre aqueles dois pólos…
Anteontem, a propósito da referência a Rabindranath Tagore, um poeta de língua bengali que recebeu o Prémio Nobel de Literatura em 1913, levou-me à curiosidade de saber qual a distribuição dos galardoados com esse prémio pelo seu idioma nativo. O número de autores em sueco (6), norueguês (3), dinamarquês (3) e islandês (1) é obsceno quando comparada com a de chineses (1), árabes (1), bengalis (1), portugueses (1) ou hindis (0)…
Ora, se no caso dos galardões científicos existem razões objectivas que justificam que os galardoados com o Prémio Nobel se concentrem em países da América do Norte e da Europa, nos dois pólos do Centro do Mundo, a explicação para o resultado de cima, num processo de selecção que nada tem de ter de tecnológico, só pode ser explicado por outras razões. Obviamente, há coisas que nem a correcção política disfarça…
Curiosidade final: Foi o brasileiro Kaká o vencedor da Bola de Ouro, num concurso que já foi ganho por vários compatriotas seus: Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho. Mas em Prémios Nobel o Brasil está um pouco pior: não há nenhum brasileiro que tenha recebido qualquer um deles até agora, descontando Peter Medawar, um britânico que recebeu o Prémio Nobel da Medicina de 1960 e que calhou ter nascido no Rio de Janeiro…
Claro que há resistentes, dos dois lados do Atlântico, a esta repartição de especialidades. Há quem se bata pela promoção da cinematografia europeia e quem queira promover o Super Bowl (final do campeonato de futebol americano) a acontecimento mundial… Mas a influência disso para a cultura dos tempos modernos é negligenciável, porque se trata apenas de uma mera disputa entre aqueles dois pólos…
Anteontem, a propósito da referência a Rabindranath Tagore, um poeta de língua bengali que recebeu o Prémio Nobel de Literatura em 1913, levou-me à curiosidade de saber qual a distribuição dos galardoados com esse prémio pelo seu idioma nativo. O número de autores em sueco (6), norueguês (3), dinamarquês (3) e islandês (1) é obsceno quando comparada com a de chineses (1), árabes (1), bengalis (1), portugueses (1) ou hindis (0)…
Ora, se no caso dos galardões científicos existem razões objectivas que justificam que os galardoados com o Prémio Nobel se concentrem em países da América do Norte e da Europa, nos dois pólos do Centro do Mundo, a explicação para o resultado de cima, num processo de selecção que nada tem de ter de tecnológico, só pode ser explicado por outras razões. Obviamente, há coisas que nem a correcção política disfarça…
Curiosidade final: Foi o brasileiro Kaká o vencedor da Bola de Ouro, num concurso que já foi ganho por vários compatriotas seus: Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho. Mas em Prémios Nobel o Brasil está um pouco pior: não há nenhum brasileiro que tenha recebido qualquer um deles até agora, descontando Peter Medawar, um britânico que recebeu o Prémio Nobel da Medicina de 1960 e que calhou ter nascido no Rio de Janeiro…
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