25 dezembro 2007

FRANKIE FREDERICKS, O VELOCISTA DE PRATA

Frankie Fredericks foi um excepcional atleta namibiano, especialista em corridas de velocidade (100 e 200 Metros), que, nos grandes eventos como Campeonatos do Mundo e Jogos Olímpicos, conseguia o feito excepcional de chegar simultaneamente às finais daquelas duas especialidades, para depois as perder… mas ficando em 2º lugar. Assim, ao longo da sua carreira, nessas provas maiores do Atletismo, coleccionou 1 medalha de ouro… e 7 medalhas de prata.
Como namibiano, país que era administrado pela África do Sul, que estava, por sua vez, banida das competições desportivas, só depois da independência da Namíbia em 1990, quanto tinha 23 anos, é que Frankie Fredericks pôde passar a competir internacionalmente pelo seu país. Nos Campeonatos do Mundo do ano seguinte (1991) em Tóquio, Fredericks foi 5º classificado na final dos 100 Metros e 2º classificado (a primeira de uma longa série de medalhas de prata) na dos 200.
No ano seguinte, nos Jogos Olímpicos de Barcelona disputados em 1992, Fredericks ganhou mais duas medalhas de prata nos 100 e 200 Metros. A única medalha de ouro ganhou-a nos 200 Metros dos Campeonatos do Mundo de 1993, realizados em Estugarda, na Alemanha. Na final de 100 Metros foi 6º classificado. Em 1995, nos Campeonatos do Mundo seguintes, realizados em Gotemburgo, Suécia, foi 4º classificado na prova de 100 Metros e, mais uma vez, 2º na de 200.
Ficava para os Jogos Olímpicos de 1996, em Atlanta, Estados Unidos, a tentativa de obter finalmente um título olímpico. Falhou por pouco nos 100 Metros – 2º lugar e mais uma medalha de prata… Na prova dos 200 Metros, Fredericks correu como nunca, e até bateu o Record do Mundo até então, com a marca de 19,68 segundos, mas chegou em segundo lugar (mais uma medalha de prata…) porque Michael Jonhson (abaixo) tinha sido ainda mais rápido, estabelecendo um novo Record do Mundo (19,32 segundos)…
Nos Campeonatos do Mundo do ano seguinte (1997), disputados em Atenas, lá tivemos mais uma vez Frankie Fredericks na final dos 100 Metros a terminar em 4º lugar e nos 200 Metros a terminar em (adivinharam?...) 2º lugar, com a medalha de prata. Embora a descoberta dos casos de doping mande fazer estes elogios às carreiras dos atletas com todas as prudências, este caso de Frankie Fredericks, fadado para as medalhas de prata, parece ser um dos melhores casos de uma carreira excepcional que passou ao lado de uma grande cobertura mediática…

3 comentários:

  1. Raymond Poulidor foi o eterno segundo do ciclismo francês, atrás de Anquetil que não bebia só água das pedras antes das provas...

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  2. Com o rumo que o assunto continua a levar, no ciclismo e não só, parece que Jacques Anquetil foi dos únicos a ASSUMIR que não bebia só água das pedras antes das provas...

    Por acaso alguém ainda se lembra de um medicamento chamado RITALINA que "estragou" uma vitória na Volta a Portugal a Joaquim Agostinho?...

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  3. Agostinho era uma força da Natureza, Pode ter tomado, como os outros, mas não precisava. Certa vez, em Angola, ele e mais três camaradas, no mato, desesperados com sede, resignaram-se a beber água de um pântano. Um morreu, dois estiveram quase a "patinar", enquanto Agostinho NADA teve.
    É apenas uma curiosidade...

    Interessante seria abrir-se a caixa de Pandora do doping no futebol português, em clubes e na selecção...

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