Deu-se a circunstância de, na véspera do dia do atentado, aqui ter deixado um poste sobre a coincidência de que entre as maiores fortunas paquistanesas se contarem os protagonistas maiores da actividade política daquele país. Agora, enquadrando devidamente as notícias do assassinato de Benazir Bhutto (acima), indo para além daqueles obituários triviais, convém relembrar como essa técnica tem sido um instrumento político muito frequentemente usada naquela região.
A 16 de Outubro de 1951, o primeiro primeiro-ministro do Paquistão, Liaquat Ali Khan (acima), foi assassinado, também com dois tiros, precisamente no mesmo parque de Rawalpindi onde Benazir Bhutto realizou o seu último comício antes de morrer. O pai de Benazir, Zulfikar Ali Bhutto (abaixo), também morreu assassinado (1979), embora formalmente se tratasse de uma execução, dado que os seus inimigos políticos (o general Zia-ul-Haq) ocupavam então o poder…
Do outro lado da fronteira, na Índia, foi a primeira-ministra Indira Gandhi que morreu alvejada por alguns dos seus próprios guarda-costas em 1984, e foi o seu filho, que também foi primeiro-ministro, Rajiv Gandhi, que morreu assassinado quando fazia campanha para a sua reeleição, por intermédio de uma bombista suicida que se fez explodir junto a ele, tal qual as notícias dizem que aconteceu ontem com Benazir.
Mas, Benazir Bhutto não se escapa das suspeitas de, no passado, poder ter recorrido precisamente aos mesmos métodos que agora a vitimaram, mesmo contra a própria família: o seu irmão mais velho Murtaza (acima) foi alegadamente assassinado em combate com a polícia quando ela era primeira-ministra, em 1996, e o seu irmão mais novo, Shahnawaz, apareceu morto quando exilado em França em 1985, em circunstâncias mais do que misteriosas...
É ainda muito cedo para dizer mais do que generalidades vagas sobre qual poderá ser o futuro do Paquistão e especular sobre a autoria do atentado. Uma certeza, tomando em conta casos precedentes e a tradição sociológica da região, é que passaremos a ouvir falar do nome de Bilawal Bhutto Zardari (abaixo, com a mãe), que tem hoje com 19 anos, e que é o filho mais velho de Benazir e de Asif Ali Zardari (acima, em família), e que este último possui, recorde-se, a segunda maior fortuna do Paquistão…
A 16 de Outubro de 1951, o primeiro primeiro-ministro do Paquistão, Liaquat Ali Khan (acima), foi assassinado, também com dois tiros, precisamente no mesmo parque de Rawalpindi onde Benazir Bhutto realizou o seu último comício antes de morrer. O pai de Benazir, Zulfikar Ali Bhutto (abaixo), também morreu assassinado (1979), embora formalmente se tratasse de uma execução, dado que os seus inimigos políticos (o general Zia-ul-Haq) ocupavam então o poder…
Do outro lado da fronteira, na Índia, foi a primeira-ministra Indira Gandhi que morreu alvejada por alguns dos seus próprios guarda-costas em 1984, e foi o seu filho, que também foi primeiro-ministro, Rajiv Gandhi, que morreu assassinado quando fazia campanha para a sua reeleição, por intermédio de uma bombista suicida que se fez explodir junto a ele, tal qual as notícias dizem que aconteceu ontem com Benazir.
Mas, Benazir Bhutto não se escapa das suspeitas de, no passado, poder ter recorrido precisamente aos mesmos métodos que agora a vitimaram, mesmo contra a própria família: o seu irmão mais velho Murtaza (acima) foi alegadamente assassinado em combate com a polícia quando ela era primeira-ministra, em 1996, e o seu irmão mais novo, Shahnawaz, apareceu morto quando exilado em França em 1985, em circunstâncias mais do que misteriosas...
É ainda muito cedo para dizer mais do que generalidades vagas sobre qual poderá ser o futuro do Paquistão e especular sobre a autoria do atentado. Uma certeza, tomando em conta casos precedentes e a tradição sociológica da região, é que passaremos a ouvir falar do nome de Bilawal Bhutto Zardari (abaixo, com a mãe), que tem hoje com 19 anos, e que é o filho mais velho de Benazir e de Asif Ali Zardari (acima, em família), e que este último possui, recorde-se, a segunda maior fortuna do Paquistão…
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