Segundo notícias particularmente interessantes e inovadoras, no aeroporto de Helsínquia estão a experimentar um novo processo de detectar passageiros portadores de covid recorrendo a cães que os farejam à chegada. Segundo se lê na notícia, o cão consegue farejar o vírus logo em dez segundos e o grau de precisão do diagnóstico do cão aproxima-se dos 100%. A sério?... A sério, a notícia esclarece depois que os cientistas não fazem a mínima ideia do que é que os cães farejariam para conseguirem distinguir uns de outros; e alvitrando que há um estudo francês que estabelece que o suor dos infectados com covid poderá ter um odor diferente do das pessoas saudáveis - mas ele não há estudos sobre o covid que justifiquem tudo e o seu contrário? Talvez por isto ter aparecido num daqueles países frugais, ninguém se atreve a sugerir que, ou a ideia é brilhante como os telemóveis da Nokia, ou então arrisca-se a ser muito estúpida. E daí, afinal de contas, se já somos revistados, temos que deixar as tralhas que apitam nos tabuleiros, fazer figuras tristes de calças em baixo, sem cintos nem sapatos com fivelas, que diferença faz mais um cão a cheirar-nos a sudação das partes?
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