11 de Setembro de 1945. Depois dos 500 hara-kiris noticiados no dia anterior (e que afinal a história irá demonstrar terem sido só um...), o Diário de Lisboa volta ao assunto do hara-kiri, desta vez com a qualidade a substituir a quantidade: o «suicídio» fora, no caso, o de Hideki Tojo, que fora o primeiro-ministro do Japão entre 1941 e 1944, o responsável político pelo ataque a Pearl Harbor. Mas também esta outra notícia sobre hara-kiris do Diário de Lisboa estava um bocadinho exagerada. (Já é preciso azar.) Tojo bem tentou dar um tiro no peito, mas falhou o coração e sobreviveu. Sobreviveu para ser levado a julgamento, condenado à morte em Novembro de 1948 e executado no mês seguinte, agora por enforcamento. Quanto ao resto, e pensando nos suicídios bem sucedidos dos seus aliados alemães, exemplos como os de Hitler, Himmler, Goering, Goebbels, reconheça-se que, quanto a isto de suicídios e se calhar contando com o aspecto folclórico de como o praticam, os japoneses têm mais fama do que outra coisa.
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