12 de Setembro de 1940. Um jovem francês de 18 anos chamado Marcel Ravidat descobre acidentalmente o acesso às grutas de Lascaux. Aliás, tecnicamente, como se frisa aliás aos visitantes, o descobridor foi mesmo o cão de Marcel, quando caiu acidentalmente por um buraco no solo, buraco esse que se veio a revelar ser uma chaminé com uns 15 metros de profundidade, que se conectava por sua vez com o resto das grutas. Acima, à direita, a planta do conjunto, acompanhada de um exemplo de uma pintura e de uma gravura das paredes (são cerca de 6.000), incluindo os famosos cavalos alazões, que predominariam na época (há 19.000 anos) em que aquelas foram realizadas e que se tornaram uma das imagens simbólicas deste género de arte. Na época da descoberta, estava-se em plena Segunda Guerra Mundial e no período da ocupação da França pelos alemães. Embora Lascaux ficasse em território não directamente ocupado pelos alemães - a denominada zona «livre» que era tutelada pelo governo de Vichy - quase nada se fez pela investigação e exploração do local. Só depois do término do conflito, em 1948, é que as grutas foram abertas ao público. Isso só se manteve por 15 anos: verificou-se que a afluência de visitantes tinha impacto na conservação das pinturas e o local foi fechado ao público em 1963. Hoje os visitantes apreciam uma réplica, situada a algumas centenas de metros da original. Tornou-se, aliás, um procedimento obrigatório para todos os sítios arqueológicos do género. Entretanto, é sempre possível obter na net uma pequena visita virtual.
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