26 julho 2014

O TIRO, LIRO, LIRO e o TIRO, LIRO, LÓ


Pela forma como está a ser apresentada (Juncker quer Maria Luís para comissária, lê-se no Expresso hoje), a promoção(?) de Maria Luís Albuquerque, parece em estádio preparatório de coisa quase adquirida. Como consta da letra da tradicional canção, se lá em cima (Bruxelas) está o tiro, liro, liro, cá em baixo (só) está o tiro, liro, ló. Segundo se lê pelas notícias, Jean-Claude Juncker e Pedro Passos Coelho ter-se-iam juntado os dois à esquina, a tocar a concertina e a dançar o solidó e entre compadres, Juncker terá dito a Passos Coelho o quanto gosta da sua afilhada: é bonita, apresenta-se bem, parece que tem a fase rosada… Adversos aos aforismos dos folclores tradicionais há quem, comigo e cá por baixo, pelas terras do tiro, liro, ló (que na canção original não eram, mas agora estão subordinadas às lá de cima, do tiro, liro, liro), discorde veementemente dessa eventual promoção. Objecções que começam pela pessoa - Carlos Moedas - de que se começa a falar para a substituir, alguém que me merece outro aforismo, mas menos canónico: Foda-se! Duas temporadas para Gaspar, agora uma para Maria Luís, a rotatividade do titular da pasta das Finanças nestas circunstâncias não se pode assemelhar às dos treinadores de um clube de futebol mais ou menos em crise... por muitas asneiras que se tenham cometido.

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