Em cinema, o que explode explodiu, e por muito que a queiramos prolongar, a processemos em câmara lenta ou multipliquemos os planos com a detonação, a explosão restringe-se a um momento que o espectáculo tem de continuar. Pelo contrário, uma explosão na BD pode tornar-se intemporal, porque o seu tempo depende do tempo do leitor.
Entre os autores de BD que tenho por mais expressivamente explosivos, um deles é Edgar Pierre Jacobs (1904-1987) que, apesar de desenhar um Blake & Mortimer muito mais composto em todos os outros aspectos de figuração, se constata aqui como adorava desenhá-las, às explosões, olhando directamente para elas sem receio de ser atingido pelos detritos…
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