É simpático ver a configuração adoptada hoje pelo Google (acima), com um desenho evocativo de Astérix. Mas, ao lado do contentamento por este reconhecimento mundial à obra de Goscinny e Uderzo, ocorreu-me como há figuras da BD franco-belga que, ao lado dos grandes nomes como aqueles dois e mais Hergé, Franquin ou Morris, permanecem numa semi-obscuridade injusta.
O exemplo mais destacado dessa injustiça deverá ser Michel Greg (1931-1999), o argumentista (mas também desenhador) franco-belga que é o responsável por um significativo número de histórias de alguns dos heróis mais importantes da BD daquela escola. Da imaginação de Greg nasceram não só mais de uma centena de histórias como também a densidade de todos os heróis que se vêm abaixo:
O exemplo mais destacado dessa injustiça deverá ser Michel Greg (1931-1999), o argumentista (mas também desenhador) franco-belga que é o responsável por um significativo número de histórias de alguns dos heróis mais importantes da BD daquela escola. Da imaginação de Greg nasceram não só mais de uma centena de histórias como também a densidade de todos os heróis que se vêm abaixo:
Achille Talon
Bernard Prince
Bruno Brazil
Comanche
Luc Orient
Olivier Rameau
Termino com um pequeno gag de Zig e Puce (O Vagabundo da Ásia) e com a informação de que algumas das capas foram copiadas, com os meus agradecimentos e as minhas recomendações, deste blogue.
Muito bem lembrado. Greg era sem dúvida um dos maiores. E menos cantados.
ResponderEliminarO seu post também serviu para me lembrar que Hermann a solo soube manter o nivel, coisa que Uderzo... enfim.
Não creio que o Greg esteja injustiçado ou ou que tenha sido condenado a uma penumbra. Acontece é que, perante «adversários» daquele calibre (Asterix, Tintin e outros), ele tem mesmo que ficar à sua sombra.
ResponderEliminarMas isto em nada lhe tira o seu excelente mérito. As capas que o Herdeiro mostra são mais do que suficientes para ele ter um lugar de destaque.
Enfim, mal comparado, é como confrontar os Beatles com as Gerry and The Pacemakers.
Concordo consigo L. Rodrigues e um dos casos mais evidentes da importância da companhia de um bom argumentista para um desenhador acontece com William Vance que, depois de Bruno Brazil, só "ressuscita" com a série XIII, escrita por Van Hamme. Mas a inversa também é verdadeiro: a série Comanche e a Bernard Prince sem Hermann são "outras" coisas...
ResponderEliminarPor falar nisso, suponho que talvez haja uma certa confusão sua, Zé Dias da Silva, entre os heróis, os autores e ainda o sucesso comercial alcançado pelos primeiros.
Para perceber a diferença e usando a sua expressão, Humpá-pá não terá "calibre" mas os seus autores são precisamente os de Astérix...
E a sua comparação final podia ser mais feliz: quem gostar de rock britânico dos anos 60 poderá passar "ao lado" das obras de "Gerry and The Pacemakers"; quem gostar de BD franco-belga dos anos 60 e 70 não o deve fazer quanto às de Greg...
Escolhi os Gerry and The Pacemakers porque são de Liverpool e, nesta ótica, mais perto dos Beatles. Por outro lado, porque me apercebi da diferença de qualidade e de êxito, escrevi propositadamente «mal comparado»; devia ter escrito «muito mal comparado» mas também não quis fechar muito o leque (Birds, Who, Manfred Man, etc.?). Os termos de comparação, agora digo isto só para minha «defesa» não podem ser iguais (Rolling Stones?) e se calhar também não devem ser quase iguais (outra vez Rolling Stones?).
ResponderEliminarAdiante.
Continua a ser um grande prazer vir aqui.
Obrigado.
Com licença.
ResponderEliminar«Óptica» em vez de «ótica».
Tome toda a licença, Zé Dias da Silva. Por vezes há metáforas que nos saem mesmo muito infelizes.
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