25 outubro 2009

A CANJA DO POBRE

O Vasco Pulido Valente diz, e bem, que é difícil explicar a mediocridade aos medíocres, e eu acrescento que é igualmente difícil explicar a falta de ar a quem está habituada a respirar tóxicos.
José Pacheco Pereira, Público 24/10/09

Antigamente, quando as galinhas eram criadas nas capoeiras e as suas canjas reputadas pelos seus valores terapêuticos, dizia-se que quando um pobre comia galinha era porque um deles estava doente. Seguindo precisamente essa mesma lógica, quando José Pacheco Pereira cita e, ainda por cima, elogia Vasco Pulido Valente é porque um daqueles dois egos estará doente.

PS – Por se ter mencionado o assunto, será que a proverbial dificuldade de Vasco Pulido Valente em reconhecer os seus erros também terá a ver com essa dificuldade em explicar a mediocridade aos medíocres? É que, implicitamente, também existe a dificuldade dos medíocres em reconhecê-la… Afinal, mesmo partindo do princípio que Vasco Pulido Valente é medíocre, sempre é possível que um medíocre, num momento de rara lucidez, estabeleça uma regra interessante…

2 comentários:

  1. Além do ego que extravasava o jornal, o que achaste do artigo?

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  2. Sinteticamente, acho que, como sociólogo, José Pacheco Pereira terá razão ao apontar a tendência da comunicação nas sociedades ocidentais para uma espécie de pensamento dominante.

    Contudo, como político não tem razão nenhuma. Os golpes do PS são contribuições menores na tendência geral da sociedade. Por exemplo, não é de Sócrates, nem será do PS, a responsabilidade pela unanimidade que se gerou à volta da figura de Obama, que é um fenómeno norte-americano, transposto depois à escala mundial.

    Mais. Isto nem sequer é um fenómeno recente, veja-se o exemplo de Setembro de 2001, quando o governo de Guterres e o poder do PS se estava a “esfarelar” e a comunicação social pareceu não ter dado por nada até Guterres ter apresentado a demissão depois das eleições autárquicas em Dezembro.

    Isto que ultimamente José Pacheco Pereira anda a escrever não são artigos, são panfletos. À boa maneira dos panfletos M-L do PREC, extensos e chatos, mas panfletos apesar de tudo.

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