20 outubro 2009

O LÍDER E A EQUIPA

Hão-de reparar como não é comum propor-me discutir aqui no blogue aspectos da política corrente. Creio que já me estou a repetir quando digo que haverá pela blogosfera demais quem a isso se dedique, e num exclusivo que se chega a tornar maçudo. Mas esta questão da sucessão de Manuela Ferreira Leite dentro do PSD e, sobretudo, dos actuais candidatos mais visíveis a essa sucessão, despertaram-me uma reflexão filosófica acerca da ponderação da importância relativa entre o perfil do candidato a líder e a qualidade da equipa que o rodeia. E nesse aspecto, como se calhar em outros, entre os dois candidatos mais prováveis, o partido está entalado entre dois extremos:
Temos por um lado, em Pedro Passos Coelho, um candidato a líder que se apresenta secundado por uma robusta equipa. Tão robusta é essa equipa que tenho dúvidas se a expressão secundado será a mais feliz para traduzir a forma como concebo a relação entre o putativo líder e algumas figuras da sua equipa como, por exemplo, Ângelo Correia… Por outro lado, com o regresso de Marcelo Rebelo de Sousa, há a certeza de não se correr esse risco, obtém-se um líder genuíno, o professor Marcelo e mais ninguém... Literalmente mais ninguém, a não ser que consideremos alguém pessoas do quilate do figurante de situation comedy que dá pelo nome de José Luís Arnaut…

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