16 maio 2009

AS TAIS 15 SÉRIES DE TELEVISÃO

Não sendo propriamente um entusiasta das cadeias blogosféricas, mas tendo verificado que o marcador televisão deste blogue já regista 195 entradas, sinto-me, de certa forma, comprometido se não responder ao endosso da Sofia. Ainda pensei em rodear as escolhas de um certo rigor científico, distribuindo-as equitativamente por década (três dos anos sessenta, outras três dos anos setenta, etc.) ou por género (cinco de ficção, cinco de comédia, outras cinco de não ficção), mas deixei-me disso. Aí vão, saídas a sentimento e por ordem cronológica:

1) – Os Pequenos Vagabundos (Les Galapiats). É uma série juvenil simples, com muita acção e que se pode rever em DVD sem aquele constrangimento: Como é que eu pude gostar disto?!
2) – Os Malucos do Circo (Monty Python's Flying Circus). Desconfio que é muito mais gabado do que aquilo que é genuinamente apreciado, mas quem os aprecia a sério, normalmente é um fã.
3) – O Mundo em Guerra (The World at War). Trata-se de uma série histórica que é a demonstração cabal que a linguagem para televisão não tem que ser sempre estupidificantemente simples.
4) – Os Inquéritos do Comissário Maigret (Les Enquêtes du Comissaire Maigret). É a melhor maneira de reservar um serão para o dedicar a um livro policial mas sem se ter o trabalho de virar as páginas.
5) – Espaço 1999 (Space 1999). Se a ideia de partida é brilhante, os enredos dos episódios tornam-se normalmente um desapontamento. Mas aqueles efeitos especiais são do melhor que houvera até então.
6) – Gabriela. Vista a esta distância temporal percebe-se que não pretende ser mais que uma novela, embora esteja muito bem contada e possuindo um enredo que gira à volta de um tema que é bastante atractivo.
7) – Os Marretas (The Muppet Show). A demonstração que, assim como a BD não era só para crianças, também os bonecos podem não o ser, ou a maneira como alguns robertos podem chegar a adquirir personalidade…
8) – Tudo em Família (Soap). Trata-se de um prodígio de escrita para televisão, parodiando a própria lógica televisiva: se é preciso que aconteça qualquer coisa, então faça-se acontecer qualquer coisa.
9) – A Balada de Hill Street (Hill Street Blues) Possivelmente consequência da presidência de Jimmy Carter, a primeira série de TV a assumir que a american way of life não era o sucesso que se dizia.
10) – O Tal Canal. A primeira grande demonstração do humor em Portugal depois do 25 de Abril e da sua nova relação com o poder, sem as tradicionais alegações desculpabilizantes à censura do antigamente.
11) – Sim, Sr. Primeiro-Ministro (Yes, Prime Minister). Um daqueles casos raros em que a continuação supera a série original (Yes, Minister). O que era uma paródia departamental tornou-se numa paródia nacional.
12) – Uma Família às Direitas (All in the Family) Fala por si o facto desta série ter passado entre nós cerca de quinze anos depois de estreada nos Estados Unidos e ter mantido toda a actualidade.
13) – Modelo e Detective (Moonlighting). Como o Vidal Sasson (champô e amaciador, os dois num só) era a série que combinava com sucesso o romântico, o cómico e o policial, os três num só.
14) – Herman Enciclopédia. A prova que o autor consegue produzir séries de grande qualidade, mas que precisa de um período de defeso de 14 anos em que reforça a conta bancária. Próximo acesso previsto para 2011.
15) – A Guerra. Como em O Mundo em Guerra (3) trata-se de uma série definitiva sobre as nossas Guerras Coloniais, realizada também 30 anos depois de terminarem, quando os protagonistas estão a desaparecer.

Para quem se assume como um baldas a estas cadeias blogosféricas, reconheço que é preciso uma certa dose de desfaçatez para endossar esta mas, já que aqui cheguei, vou fazê-lo, nomeando o sempre atento JRD, o sempre inspirado e criativo Artur e a sempre relutante Ana. Bem sei que esta última pertence, como eu, ao clube dos reaccionários, por causa do conteúdo monotemático do seu blogue. Mas, que tal uma lista de séries televisivas dedicadas à cozinha, incluindo o programa de Maria de Lurdes Modesto ou o Two Fat Ladies?...

5 comentários:

  1. Essa do sempre atento, chamou-me a atenção ;).
    Vamos ver o que se pode arranjar, mas 15 séries é demasiada tv, para quem raramente vai além do zapping.

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  2. És um chato. Sabes que não gosto de cadeias. Para além das "Two Fat Ladies", um prazer renovado, nenhum programa de televisão de culinária me transformou em observadora assídua.
    Vejo com prazer o Jamie Oliver, mas sem a obrigatoriedade de lá voltar regularmente.
    Vejo mais vezes o teu blog.

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  3. Até fiquei emocionada. Estás a ficar um homenzinho. Já colaboras em cadeias blogosféricas, viste "Os pequenos Vagabundos"...

    Que outras surpresas me reservarás?

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  4. Havia uma série Francesa que se chamava,acho que era OS COMPANHEIROS DE BAAL,tem algua informação do ano,eu era muito pequeno,tenho 49

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