14 março 2009

O BARDO

Mesmo naquele tempo das inocências de 1976, quando no PS se pensava que governar sozinho, mesmo que não se tivesse a maioria absoluta, era uma vantagem (Será que alguém ainda se lembra do slogan: Só, Só, Só PS!?...), quando se formou o primeiro governo constitucional do novo regime (acima), o que sobrou da partilha de pastas para o já então mítico Manuel Alegre, a Voz da Voz da Liberdade, foi uma mísera Secretaria de Estado (a da Comunicação Social*…), o que se tornou logo simbólico em como aquele bardo era tão desajeitado em panegíricos como em jogos de bastidores…
Os bardos são isso mesmo, bardos, reconhecidos por escreverem e cantarem bem – quando o fazem… Não tem a majestade de um Abraracourcix (Mário Soares), a sabedoria de um Panoramix (Almeida Santos) ou a eficácia bruta de um Obélix (Jorge Coelho). Quando um bardo pensa que se torna importante, tende a levar-se demasiado a sério – leia-se Astérix e os Normandos e comprove-se com o que está acontecer com Manuel Alegre… Valerá a pena lembrar-lhe que o que lhe aconteceu de mais memorável em 1976, não foi ter sido Secretário de Estado, mas sim ter aparecido (e ganho) no Festival da Canção?...
* Manuel Alegre foi substituido menos de um ano depois de ter tomado posse por José Roque Lino.

6 comentários:

  1. Que horrível maldade!

    ;))

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  2. não terá tiques de Ideiafix?;)

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  3. Caro António

    Parabéns pela analogias gaulesas. Só falta o Astérix... Talvez o António Vitorino (pela altura!) ou o Sócrates (por ser o herói da tribo socialista do Largum do Ratum!).

    Um abraço

    Pedro

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  4. Pedro, se aceitasse que Astérix fosse o António Vitorino então tinha que reconhecer que estas "Aventuras de Astérix" (um simulacro da disputa política que se trava dentro do PS) não passavam de um programa recreativo que passa na Segunda-Feira à noite na RTP1 com a Judite Sousa como narradora...

    Mas gostei particularmente desse Largum do Ratum...

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