Embora seja certamente uma competição cerrada, um dos candidatos mais fortes a ganhar o concurso daquele que seja considerado o Avião do Século XX é aquele que aparece a preparar-se para aterrar na fotografia acima. Foi desenvolvido nos finais do primeiro terço (o seu primeiro voo data de 1935) e o seu apogeu coincide com o meio desse Século – a Segunda Guerra Mundial e o período que imediatamente se lhe seguiu.
Uma das medidas do seu sucesso é a variedade das designações por que é conhecido: a construtora, a Douglas Aircraft Company norte-americana da Califórnia, baptizou-o de DC-3. O Exército norte-americano deu-lhe a designação de C-47 enquanto os seus rivais da Marinha chamaram-lhe R4D. Quando foi exportado para a Grã-Bretanha, tornou-se no Dakota, na União Soviética foi baptizado Lisunov Li-2 e no Japão Showa L2D.
Na origem, o DC-3 foi um dos primeiros projectos concebidos de raiz para que a aviação comercial pudesse concorrer com o transporte ferro e rodoviário, que era então dominante. O aparelho podia transportar confortavelmente duas dezenas de passageiros numa viagem desde uma costa a outra dos Estados Unidos demorando cerca de 16 horas (!), contando ainda com três paragens intermédias para reabastecimento.
Mas foi como avião militar e não como avião comercial e com as outras designações (C-47/R4D/Dakota/Li-2/L2D), que o aparelho se celebrizou durante a Segunda Guerra Mundial. Será um daqueles casos raros de um equipamento que foi utilizado por todos os principais beligerantes – a Alemanha também pôs alguns exemplares capturados ao seu serviço... Em robustez e fiabilidade, havia poucos rivais como avião de transporte.
Como resultado, dos mais de 16.000 aviões construídos, apenas cerca de 600 foram construídos nos Estados Unidos em versões civis. Em comparação houve mais de 10.000 aviões de versões militares. No estrangeiro, do lado dos Aliados, os soviéticos construíram quase 5.000 na sua versão adaptada para as condições do clima russo, enquanto que, contra os Aliados, os japoneses puseram quase 500 ao seu serviço (acima)…
Uma das medidas do seu sucesso é a variedade das designações por que é conhecido: a construtora, a Douglas Aircraft Company norte-americana da Califórnia, baptizou-o de DC-3. O Exército norte-americano deu-lhe a designação de C-47 enquanto os seus rivais da Marinha chamaram-lhe R4D. Quando foi exportado para a Grã-Bretanha, tornou-se no Dakota, na União Soviética foi baptizado Lisunov Li-2 e no Japão Showa L2D.
Na origem, o DC-3 foi um dos primeiros projectos concebidos de raiz para que a aviação comercial pudesse concorrer com o transporte ferro e rodoviário, que era então dominante. O aparelho podia transportar confortavelmente duas dezenas de passageiros numa viagem desde uma costa a outra dos Estados Unidos demorando cerca de 16 horas (!), contando ainda com três paragens intermédias para reabastecimento.
Mas foi como avião militar e não como avião comercial e com as outras designações (C-47/R4D/Dakota/Li-2/L2D), que o aparelho se celebrizou durante a Segunda Guerra Mundial. Será um daqueles casos raros de um equipamento que foi utilizado por todos os principais beligerantes – a Alemanha também pôs alguns exemplares capturados ao seu serviço... Em robustez e fiabilidade, havia poucos rivais como avião de transporte.
Como resultado, dos mais de 16.000 aviões construídos, apenas cerca de 600 foram construídos nos Estados Unidos em versões civis. Em comparação houve mais de 10.000 aviões de versões militares. No estrangeiro, do lado dos Aliados, os soviéticos construíram quase 5.000 na sua versão adaptada para as condições do clima russo, enquanto que, contra os Aliados, os japoneses puseram quase 500 ao seu serviço (acima)…
Depois do final da Segunda Guerra, havia um enorme parque destes aviões que estavam disponíveis para serem cedidos às Forças Aéreas dos países não beligerantes e também para serem revendidos às variadas companhias de aviação para exploração comercial. Tanto a Ocidente como no Leste (com o Li-2), quase todos os países o receberam e a lista dos países utilizadores do aparelho parecer-se-á com a lista dos países-membros da ONU…
Também em Portugal ele foi usado tanto no transporte comercial pela TAP como em missões militares pela Força Aérea Portuguesa. A omnipresença dos DC-3 estende-se até às obras de ficção, como a aterragem de emergência que um deles tem de fazer durante a aventura de Tintin, Coke en Stock (Carvão no Porão) de 1958. Actualmente, estima-se que ainda haja mais de uma centena destes aparelhos que continuam operacionais.
* Com capacidades semelhantes embora menores, apenas o trimotor Ju-52 de concepção alemã poderia rivalizar com o DC-3.
As fotografias mostram, de cima para baixo, um DC-3 não especificado preparando-se para aterrar, uma versão militar do tempo da Segunda Guerra Mundial com as cores da RAF britânica, o interior de uma das primeiras versões comerciais, que tinha capacidade para 21 passageiros, a versão soviética com as cores respectivas, a versão japonesa com as cores respectivas, um DC-3 com as cores da nossa Força Aérea, outro com as cores da TAP e a cena da aterragem do DC-3 da Arabair (p. 18) no album de BD Carvão no Porão.
As fotografias mostram, de cima para baixo, um DC-3 não especificado preparando-se para aterrar, uma versão militar do tempo da Segunda Guerra Mundial com as cores da RAF britânica, o interior de uma das primeiras versões comerciais, que tinha capacidade para 21 passageiros, a versão soviética com as cores respectivas, a versão japonesa com as cores respectivas, um DC-3 com as cores da nossa Força Aérea, outro com as cores da TAP e a cena da aterragem do DC-3 da Arabair (p. 18) no album de BD Carvão no Porão.
em avião,tinha andado de heli,foi
ResponderEliminarnum Dakota, entre Bissau-Bafatá,que
tive o meu baptismo de voo.Bancos
de chapa ao longo da cabine,nada de
cintos de segurança,muito seguro.
Abraço
Vi muitos exemplares, em aeroportos vários, em África.
ResponderEliminarContinuavam a voar, como se fosse natural que peças de museu se mantivessem em serviço.
Duvido que o outro concorrente sério, o Boeing-707, consiga uma longevidade semelhante!
A minha experiência em DC-3 é, curiosamente, também da Guiné, Paulo: Bissau-Bubaque-Bissau.
ResponderEliminarEntrar num avião militar de transposte tem sempre esse efeito "acolhedor" que refere: o NordAtlas, mais tarde o C-130. Mas o interior do Dakota, com aquele aspecto inclinado de rampa, adicionava-lhe qualquer coisa de mais "charmoso"...
Diga-se, para conclusão, que a minha estadia em Bubaque não teve nada daquele aspecto paradisíaco dos prospectos turísticos: estava um tempo horrível, chovia como... costuma chover por aquelas paragens.
Em minha opinião, Impaciente, para o concurso, falta ao Boeing 707 aquela faceta da (falta de) manutenção que, no terceiro mundo, fez do DC-3 uma espécie de AK-47 do ar...
Sou formado paraquedista,pela Escola de Paraquedistas do Exercito Brasileiro.Tive a honra e o prazer de saltar dos irmãos do dakota: C82 e o C119.Eu creio q o nosso grupo jamais voltará a saltar
ResponderEliminardos Dcs,acima referendados.
Ass.Sargento S.Eustáquio