A minha gaffe desta semana foi cometida quando me pronunciei em termos, digamos, bastante longe de elogiosos sobre as capacidades intelectuais de um típico oficial de cavalaria, esquecendo-me que fora precisamente com aquela categoria e naquela arma que o meu interlocutor – um amigo meu – cumprira o seu serviço militar… Enfim, estava a falar-se de tanta coisa que eu bem podia ter evitado enveredar a conversa precisamente para aquele lado…
Permitam-me agora aproveitar-me dessa minha gaffe a respeito da reputação de quem comanda a cavalaria como pretexto para falar de uma música já antiga que a evoca (Stop the Cavalry, de 1980, no vídeo acima) e de uma época ainda mais antiga (1914) em que a Cavalaria, a original, com os cavalos e tudo, partiu para a Guerra (a Primeira Guerra Mundial) apenas para descobrir que não tinha préstimo para o novo tipo de Guerra que se estava a travar…
As indumentárias tradicionais dos cavaleiros que partiam para a Guerra no Verão de 1914 (acima, a cavalaria pesada francesa de quépi napoleónico e couraça…) eram apenas simbólicas do seu desajustamento quanto ao tipo de combates que se iriam travar entre as enormes massas de soldados de infantaria (abaixo, a infantaria alemã usando o seu famoso capacete encimado com um pico), submetidas a um terrível poder de fogo, quer da artilharia, quer das metralhadoras.
Os meses de 1914 passaram sem que se criassem condições para que aparecesse a tal batalha decisiva onde a cavalaria teria a oportunidade de se mostrar. E o inesperado prolongamento da Guerra pôs à prova as capacidades logísticas dos exércitos, com a volumosa alimentação (em fardos) dos cavalos a atrapalhar não só a alimentação dos milhões de soldados já então concentrados nas trincheiras como o reabastecimento de munições para o seu armamento.
Colmatando as baixas, os cavaleiros foram sendo apeados e promovidos a infantes enquanto os cavalos eram desviados de uma utilidade militar incerta para uma utilidade logística garantida… Quando chegou o Natal, que o autor de Stop the Cavalry tanto desejava que já fosse passado em casa, em vez da namorada, Mary Bradley, o convívio foi feito com o inimigo do outro lado das trincheiras (abaixo). Quanto à Cavalaria, reapareceu dali a três anos, mas já sem cavalos…
Permitam-me agora aproveitar-me dessa minha gaffe a respeito da reputação de quem comanda a cavalaria como pretexto para falar de uma música já antiga que a evoca (Stop the Cavalry, de 1980, no vídeo acima) e de uma época ainda mais antiga (1914) em que a Cavalaria, a original, com os cavalos e tudo, partiu para a Guerra (a Primeira Guerra Mundial) apenas para descobrir que não tinha préstimo para o novo tipo de Guerra que se estava a travar…
As indumentárias tradicionais dos cavaleiros que partiam para a Guerra no Verão de 1914 (acima, a cavalaria pesada francesa de quépi napoleónico e couraça…) eram apenas simbólicas do seu desajustamento quanto ao tipo de combates que se iriam travar entre as enormes massas de soldados de infantaria (abaixo, a infantaria alemã usando o seu famoso capacete encimado com um pico), submetidas a um terrível poder de fogo, quer da artilharia, quer das metralhadoras.
Os meses de 1914 passaram sem que se criassem condições para que aparecesse a tal batalha decisiva onde a cavalaria teria a oportunidade de se mostrar. E o inesperado prolongamento da Guerra pôs à prova as capacidades logísticas dos exércitos, com a volumosa alimentação (em fardos) dos cavalos a atrapalhar não só a alimentação dos milhões de soldados já então concentrados nas trincheiras como o reabastecimento de munições para o seu armamento.
Colmatando as baixas, os cavaleiros foram sendo apeados e promovidos a infantes enquanto os cavalos eram desviados de uma utilidade militar incerta para uma utilidade logística garantida… Quando chegou o Natal, que o autor de Stop the Cavalry tanto desejava que já fosse passado em casa, em vez da namorada, Mary Bradley, o convívio foi feito com o inimigo do outro lado das trincheiras (abaixo). Quanto à Cavalaria, reapareceu dali a três anos, mas já sem cavalos…
Talvez pela inutilidade da verdadeira Cavalaria, foi esta arma que forneceu um importante contingente à Aviação.
ResponderEliminarNão sei se por influência de Pégaso...
Já na II Guerra Mundial a Cavalaria retoma um papel de destaque, após a sua metamorfose para os carros blindados. Patton, Montgomery e Rommel, foram três vultos de destaque desta arma em batalhas importantes e decisivas tanto no deserto como no continente europeu. Lembro-me assim de repente de El Alamein e de Ardenas, da campanha da Sicília,etc.
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