28 março 2009

REFLEXÕES TEÓRICAS SOBRE FUNERAIS

Abaixo poderemos ver um pequeno filme montado por ocasião do funeral de Estaline, em Março de 1953. O figurino da cerimónia parece assemelhar-se com o de todos aqueles líderes que morreram em funções – e o pormenor é que nas Ditaduras os líderes tendem a morrer EM funções, lembremo-nos dos casos de Salazar (1970*) e de Franco (1975).
No entanto, estou plenamente convencido que não haverá comunista ocidental, por muito que comungue do internacionalismo proletário, que não reaja de uma forma instintiva de estranheza às reacções exuberantemente carpidas que passaram na televisão norte-coreana por ocasião do funeral do seu Grande Líder, Kim Il-Sung, em Julho de 1994 (abaixo).
Trata-se de um daqueles casos em que se constata que nem todo o reconhecido carácter científico do marxismo-leninismo conseguiu expurgar devidamente os desvios de direita e o culto de personalidade das sociedades socialistas do extremo oriente. Um caso de reflexão óbvio para o contínuo aprofundamento do socialismo naquele país democrático

* - Na realidade, Salazar já não estava em funções, embora permanecesse como tal de uma forma honorífica e ele nem desse pela diferença…

2 comentários:

  1. Houve um texto qualquer num jornal norte-coreano que falava de andorinhas que entravam pelas janelas das escolas e choravam durante minutos em frente ao retrato do "Grande Líder". Provavelmente não faltaram outras descrições mirabolantes como essa.

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  2. É pena que Bernardino Soares não conheça essas descrições que possivelmente dissipariam as suas dúvidas sobre o carácter democrático da Coreia do Norte.

    Isso é do marxismo-leninismo mais avançado que há. Até as andorinhas estão politicamente sensibilizadas e ao lado da classe operária!

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