Embora isto possa parecer um anacronismo para os mais novos, nos anos 60 e 70 os restaurantes chineses em Portugal eram raros e normalmente tidos como locais sofisticados, onde se praticavam preços que se destinavam a uma clientela correspondente a essa pretensa sofisticação. Em contraste, já nessa época na maioria dos outros países europeus, talvez por influência norte-americana, a comida chinesa era geralmente considerada como um tipo de comida de preço acessível, concorrente com as outras alternativas de fast food (hambúrgueres, frangos, pizzas, etc.).

Como outrora era requintado ir comer chinês, parece que agora é requintado ser-se verde. E, claro, que para se ser verde é preciso pagar mais para se o ser… Já nem vale a pena falar do absurdo do papel reciclado (e de pior qualidade) que afinal é mais caro do que o papel original… Quem o usa não tem qualquer vantagem objectiva em o usar, a não ser a de demonstrar socialmente quanto se é verde. Na mesma onda, agora também há uma caixa no supermercado onde, ao invés das outras, onde os sacos são normais e grátis, se compram sacos oxodegradáveis a 2 cêntimos a unidade para embrulhar as compras…

Pela pose, pelo dispêndio suplementar de dinheiro (dificilmente justificável) com que se comprou o direito a ter aquela pose, será possivelmente para recordar no futuro os primeiros com o gozo com que agora nos recordamos dos últimos…
* Tratava-se de Macau e o outro país europeu com uma possessão na China era o Reino Unido (Hong Kong).
A propósito de chop suey: Ainda existe o velho “Peipin” na Duque de Loulé, aonde se comia muito bem, sob a vigilância discreta dos marines que tomavam conta do prédio em frente…
ResponderEliminarHoje, com ou sem vigilância da Asae, existem muitos, mas, confesso, já não me apanham, até porque (é só ver link):
http://bonstemposhein-jrd.blogspot.com/2008/02/do-oriente.html
Até um dia destes.
Cumprimentos
Estes seus posts põem-me (quase) os "olhos em bico". Como é que se vai lembrar da "história" dos restaurantes chineses para "dar o arroz" aos pretensos verdes! É obra desenganada!!!
ResponderEliminar:)
Quanto à gastronomia chinesa, a original, houve quem a sintetizasse que, quanto a fontes de proteínas, entra tudo o que tiver pernas, com excepção das cadeiras, e tudo o que tiver asas, com excepção dos aviões.
ResponderEliminarOs gatos que a fotografia do seu poste mostra, assim como as cobras, salamandras e demais bichos repulsivos estão incluídos: o que parece importar é que sejam frescos!
O seu cumprimento parece um pouco distinto do habitual... Mais um trecho de férias, JRD?
Nem sequer pretensos verdes, Maria do Sol, mas apenas gente inconsequente de ignorância, a quem eu, vai para uns 15/20 anos, atrapalhava provocadoramente a conversa das preocupações ecológicas, sugerindo-lhes que deitassem fora os desodorizantes e prescindissem dos frigoríficos por causa do CFC e do buraco de ozono...
ResponderEliminarE que, há uns meses, defendiam os lenços de tecido para poupar papel...
ResponderEliminarTantos "verdes" que mereciam que o 2º "t" de "tantos" fosse reciclado num "s"!
Desculpem intrometer-me... mas, em relação ao comentário das consoantes, a ordem não é mesmo nada arbitrária e requer cuidado na hipotética troca... é que, senão, pode transformá-los em santos ...
ResponderEliminarE já que se está em maré de trocas, que tal sonsos?
:))