Qualquer bom filme de gangsters da época da proibição e da depressão não pode dispensar uma daquelas cenas em que um automóvel e os seus ocupantes são devida e saturadamente metralhados com os tiros dos seus rivais armados de uma ou várias das pistolas-metralhadoras Thompson.
Contudo a história da arma é um pouco mais complexa, e começa ainda nos finais da Primeira Guerra Mundial, quando o exército norte-americano andava à procura de uma arma com uma grande cadência de fogo em detrimento do alcance ou da precisão para a infantaria a usar na luta pelas trincheiras.
Quando a Guerra acabou, a arma ainda se encontrava na fase de protótipo, mas o exército desinteressou-se naturalmente dela. Contudo, os financiadores do projecto pensaram em reduzir o prejuízo continuando a avançar com ele mas agora concebido como arma para venda a particulares e a forças policiais (abaixo).
Mas o preço final da arma era muito elevado e os gangsters dos anos 20 não seriam assim tantos para trazer prosperidade económica” ao projecto, mas há que reconhecer que se tratou de um daqueles momentos mágicos em que se encontraram uma arma e uma clientela que estavam precisamente à procura uma da outra.
A Thompson não exigia grande destreza para ser operada mas, especialmente quando equipada com o tambor de munições (abaixo) que podia levar 50 ou 100 cartuchos, tinha uma cadência e um poder de fogo impressionante quee podia transformar num figurão temível aquele que até ali apenas fora o mais trivial rufia de bairro…
Ao mesmo tempo que a arma adquiria essa notoriedade, quer pelo preço, quer por se destinar a uma utilização demasiado específica em termos militares, a arma continuava a ser um relativo fiasco junto dos exércitos tradicionais. O próprio exército norte-americano tardou até 1938 para a pôr ao seu serviço.
A Segunda Guerra Mundial começou no ano seguinte e, obviamente, deixou de ser tempo para se ser esquisito quanto à selecção das armas. O exército britânico rapidamente também a adoptou como arma regulamentar, e uma fotografia de Churchill com uma delas (abaixo) correu mundo, melhorando-lhe a reputação - a da arma, claro...
Mas foi só a partir de 1942, quando uma nova versão designada por Thompson M1 (abaixo) passou a ser fabricada (simplificando o processo de fabrico e reduzindo os custos de produção) que a arma veio a ganhar a divulgação que a tornou por sua vez indispensável de figurar nos filmes de guerra da Segunda Guerra Mundial…
A diferença das armas originais para estas nota-se pela modificação do formato da pega dianteira, pelo abandono dos carregadores em tambor por outros convencionais e pela modificação do mecanismo de disparo a arma, que se identifica exteriormente pela mudança da pega da culatra que passa da parte de cima da arma para o seu lado direito.
Começando a ser produzida em muito maior quantidade, a arma passou a ser atribuída normalmente no exército norte-americano tanto aos chefes de secção (sargentos) como aos comandantes de pelotão (oficiais subalternos) das unidades de infantaria, distinguindo-os do armamento dos seus subordinados (acima, Tom Hanks salvando o soldado Ryan).
Contudo a história da arma é um pouco mais complexa, e começa ainda nos finais da Primeira Guerra Mundial, quando o exército norte-americano andava à procura de uma arma com uma grande cadência de fogo em detrimento do alcance ou da precisão para a infantaria a usar na luta pelas trincheiras.
Quando a Guerra acabou, a arma ainda se encontrava na fase de protótipo, mas o exército desinteressou-se naturalmente dela. Contudo, os financiadores do projecto pensaram em reduzir o prejuízo continuando a avançar com ele mas agora concebido como arma para venda a particulares e a forças policiais (abaixo).
Mas o preço final da arma era muito elevado e os gangsters dos anos 20 não seriam assim tantos para trazer prosperidade económica” ao projecto, mas há que reconhecer que se tratou de um daqueles momentos mágicos em que se encontraram uma arma e uma clientela que estavam precisamente à procura uma da outra.
A Thompson não exigia grande destreza para ser operada mas, especialmente quando equipada com o tambor de munições (abaixo) que podia levar 50 ou 100 cartuchos, tinha uma cadência e um poder de fogo impressionante quee podia transformar num figurão temível aquele que até ali apenas fora o mais trivial rufia de bairro…
Ao mesmo tempo que a arma adquiria essa notoriedade, quer pelo preço, quer por se destinar a uma utilização demasiado específica em termos militares, a arma continuava a ser um relativo fiasco junto dos exércitos tradicionais. O próprio exército norte-americano tardou até 1938 para a pôr ao seu serviço.
A Segunda Guerra Mundial começou no ano seguinte e, obviamente, deixou de ser tempo para se ser esquisito quanto à selecção das armas. O exército britânico rapidamente também a adoptou como arma regulamentar, e uma fotografia de Churchill com uma delas (abaixo) correu mundo, melhorando-lhe a reputação - a da arma, claro...
Mas foi só a partir de 1942, quando uma nova versão designada por Thompson M1 (abaixo) passou a ser fabricada (simplificando o processo de fabrico e reduzindo os custos de produção) que a arma veio a ganhar a divulgação que a tornou por sua vez indispensável de figurar nos filmes de guerra da Segunda Guerra Mundial…
A diferença das armas originais para estas nota-se pela modificação do formato da pega dianteira, pelo abandono dos carregadores em tambor por outros convencionais e pela modificação do mecanismo de disparo a arma, que se identifica exteriormente pela mudança da pega da culatra que passa da parte de cima da arma para o seu lado direito.
Começando a ser produzida em muito maior quantidade, a arma passou a ser atribuída normalmente no exército norte-americano tanto aos chefes de secção (sargentos) como aos comandantes de pelotão (oficiais subalternos) das unidades de infantaria, distinguindo-os do armamento dos seus subordinados (acima, Tom Hanks salvando o soldado Ryan).
Gostei bastante. Agora venha a história da sua congénere PPSH :)
ResponderEliminarNão é bem congénere, João Villalobos, não há propriamente um Al Capone ou um Bugs Moran soviéticos para lhe dar a primeira parte da "reputação"... :)
ResponderEliminarMas olhe que já escrevi um poste a respeito da PPSh-41:
http://herdeirodeaecio.blogspot.com/2007/01/costureirinha.html
Já li. Não fazia ideia da alcunha de «costureirinha» entre nós :)
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