Se, a propósito da efeméride de Alcácer Quibir, fiz notar que uma aclamação de um novo rei feita em falso – i.e., com o anterior ainda vivo e sem ter resignado – seria um acontecimento extremamente embaraçoso, vale a pena recordar que em 11 de Novembro de 1477, estando o Rei Afonso V em França há mais de um ano e pensando ele seguir para a Terra Santa como peregrino e, segundo as crónicas da época, no cumprimento das ordens que enviara para o filho em Portugal, João II, já então regente, fez-se aclamar Rei de Portugal.
Viajando de barco, Afonso V chegou a Cascais 4 dias depois da aclamação que tivera lugar nas Cortes de Santarém… Continuando a seguir o que está escrito nas crónicas, foi o filho que insistiu com o pai para que este retomasse as suas prerrogativas de monarca. João II só veio a tornar-se Rei definitivamente a 28 de Agosto de 1481 e, mais do que o seu programa político de cunho romântico e medieval, é a inconstância e a inconsistência com que o implementou que tornaram as acções de Afonso V num encadeamento de embaraços. Este foi mais um...
Mais um pequeno/grande pormenor que desconhecia... a juntar a tantos outros.
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