Gostaria de destacar e recomendar o artigo de opinião que foi publicado no Diário de Notícias de hoje, da autoria de João Miguel Tavares e que se intitula Os Ciganos e a Pobreza 'Playstation'. Baseia-se, como é bem de ver, nos acontecimentos recentes da Quinta da Fonte em Loures, onde, depois de se demarcar dos extremismos, quer das opiniões racistas, quer sobretudo das muito mais abundantemente publicadas opiniões que são politicamente correctas, conclui:
Se os ciganos estão a habitar casas com rendas de cinco euros não é porque as câmaras sejam dadas à caridade, mas porque é esse o preço que estão dispostas a pagar pela sua sedentarização. E, se os ciganos não pagam essas rendas, é porque sabem que as câmaras engolem o atrevimento, desde que eles fiquem quietinhos a um canto. Quando não ficam quietinhos... bom, quando não ficam quietinhos, esta frágil rede de hipocrisias estala – e aí, o problema cigano reaparece.
Suponho que os ciganos nunca tenham ficado quietinhos. O que parece ter-se modificado foi o aparecimento de uma crise económica e a consequente intolerância social para quem se comporte como se ela não existisse: a ameaça da convocação de uma concentração nacional de ciganos se o problema da Quinta da Fonte não fosse resolvido a contento da comunidade residente foi recebida com um acolhimento bastante diferente da das manifestações dos professores de Mário Nogueira…
Mas a rede de hipocrisias, sendo frágil também é flexível e reconstitui-se depressa. Nas notícias da morte de um rapaz de 12 anos, atingido a tiro quando acompanhava os assaltantes de uma quinta em Loures e quando estes foram interceptados pela GNR, não há nenhuma referência particular aos assaltantes, embora o aspecto peculiar deles se fazerem acompanhar por uma criança enquanto realizavam um assalto faça o leitor desconfiar daquilo que os jornais não quiseram dizer.
Claro que há imensas maneiras de contornar o problema e o Correio da Manhã tira-nos as dúvidas, publicando uma fotografia da família do rapaz (que era afinal filho e sobrinho dos assaltantes) à porta do Hospital… E enquanto parte dos intelectuais se questionam sobre a escala de valores em que os ciganos educam as suas crianças e o povo descarrega neles as frustrações de uma crise que se agrava, o que parece incomodar os intelectuais da estirpe de Fernando Rosas é a desproporcionalidade da actuação da GNR…
Se os ciganos estão a habitar casas com rendas de cinco euros não é porque as câmaras sejam dadas à caridade, mas porque é esse o preço que estão dispostas a pagar pela sua sedentarização. E, se os ciganos não pagam essas rendas, é porque sabem que as câmaras engolem o atrevimento, desde que eles fiquem quietinhos a um canto. Quando não ficam quietinhos... bom, quando não ficam quietinhos, esta frágil rede de hipocrisias estala – e aí, o problema cigano reaparece.
Suponho que os ciganos nunca tenham ficado quietinhos. O que parece ter-se modificado foi o aparecimento de uma crise económica e a consequente intolerância social para quem se comporte como se ela não existisse: a ameaça da convocação de uma concentração nacional de ciganos se o problema da Quinta da Fonte não fosse resolvido a contento da comunidade residente foi recebida com um acolhimento bastante diferente da das manifestações dos professores de Mário Nogueira…
Mas a rede de hipocrisias, sendo frágil também é flexível e reconstitui-se depressa. Nas notícias da morte de um rapaz de 12 anos, atingido a tiro quando acompanhava os assaltantes de uma quinta em Loures e quando estes foram interceptados pela GNR, não há nenhuma referência particular aos assaltantes, embora o aspecto peculiar deles se fazerem acompanhar por uma criança enquanto realizavam um assalto faça o leitor desconfiar daquilo que os jornais não quiseram dizer.
Claro que há imensas maneiras de contornar o problema e o Correio da Manhã tira-nos as dúvidas, publicando uma fotografia da família do rapaz (que era afinal filho e sobrinho dos assaltantes) à porta do Hospital… E enquanto parte dos intelectuais se questionam sobre a escala de valores em que os ciganos educam as suas crianças e o povo descarrega neles as frustrações de uma crise que se agrava, o que parece incomodar os intelectuais da estirpe de Fernando Rosas é a desproporcionalidade da actuação da GNR…
O Fernando Rosas representa algo de nosso (das nossas designadas élites). É professor universitário e todos sabemos como esses grupos incluídos o magistrados desprezam as polícias - consideram-nos como inferiores moralmente.
ResponderEliminare culturalmente.
ResponderEliminarAlguém que diga que os culpados são aqueles que transportaram a criança com eles.
Ou então numa outra perspectiva, João Moutinho (não há dúvida que fica com outra "apresentação" com o nome completo!):
ResponderEliminarSe vou a conduzir e um guarda da GNR me faz sinal para parar eu paro, e julgava que isso acontecia com a maioria dos automobilistas...
Se calhar, com Fernando Rosas é diferente. Ele faz "pontaria" ao GNR, "manda-o" para cima do capot do carro-patrulha e afasta-se enquanto o GNR pragueja e tenta apontar a matricula.
É evidente que quaisquer tiros nestas circunstâncias seriam "desproporcionados"...
Claro, até porque o GNR só poderia provar ter corrido perigo de vida, para a esquerdalha, no caso de ter sido efectivamente atropelado pelo veículo, ou baleado pelo puto e pelo resto da matilha...
ResponderEliminarSó falta a Sua Excelência o Ministro do faz de conta que faz - por isso é que é Ministro - dar autorização, às forças da chamada Ordem, para só dispararem se já tiverem certidão de óbito.
ResponderEliminarA ladroagem vota nele nas próximas eleições e, com sorte, é reconduzido no cargo!!!
Conhecendo o parque automóvel da GNR só dá vontade de chorar...
Olhe, fms, a sua concordância não evita que considere o emprego das expressões esquerdalha e matilha, no contexto em que as empregou como perfeitamente deplorável.
ResponderEliminarTem razão, é melhor pessoa que eu, que já me cansei de os tratar de igual para igual.
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