13 julho 2008

UM MANDATO TERMINADO COM TODA A POMPA

Se se costuma dizer do faraó egípcio Tutankhamon (acima) que os factos mais importantes do seu reinado (1333-1324 a.C.) foram a sua morte e o seu enterro, aquilo que distinguirá o mandato presidencial do francês Félix Faure (1895-1899) de todos os outros Presidentes da III República Francesa terá sido a forma como ele terminou… O presidente morreu subitamente, supostamente feliz, quando estava em companhia da sua fogosa amante, Margarite Steinheil, que era quase 30 anos mais nova do que o parceiro…
A ocasião era boa demais para que não se construísse um interessante enredo em volta do acontecimento, pondo-se a correr a versão que Faure tivera o ataque precisamente enquanto Margarite (abaixo) estava engajada numa prática que, quase 100 anos mais tarde, um outro presidente, mas norte-americano, tentaria convencer-nos que não se poderia classificar de relação sexual – o fellatio. Daí, até ao trocadilho entre pompa e bomba de sucção, que em francês se designam da mesma maneira – pompe – foi apenas um passo.
Félix Faure, que fora cognominado de o Presidente-Sol pelos seus adversários politicos, em alusão a Luís XIV e à importância que se atribuía a si mesmo, foi assim brindado com alguns graciosos trocadilhos depois da sua morte, desde o obituário que atribuiu a sua morte a um sacrifício excessivo a Vénus, à alcunha de Pompa Fúnebre com que Madame Steinheil ficou conhecida, à frase de despedida que o seu maior inimigo político Georges Clemenceau lhe dedicou: Queria ser um César, mas não passou de um Pompeu…

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