As contradições flagrantes são mais raras do que parecem. Frequentemente, quando se invoca, para nosso exercício argumentativo, que há quem defenda uma posição e também quem defenda a posição contrária, costumamo-nos esquecer ou omitir que quem defende uma delas não são precisamente as mesmas pessoas que defendem a posição oposta...
São raros, portanto, os momentos em que se consegue criticar precisamente a mesma pessoa por defender razões antagónicas, como acontece com o(s) autor(es) do artigo do Público em que Maria de Lurdes Rodrigues consegue ser criticada simultaneamente pela permissividade nos exames de Matemática (nunca houve notas tão altas) e pelo rigor excessivo nos exames de Português (nunca houve notas tão baixas)...
No anúncio – o original – da Pasta Medicinal Couto é que se dizia: Palavras para quê?...
São raros, portanto, os momentos em que se consegue criticar precisamente a mesma pessoa por defender razões antagónicas, como acontece com o(s) autor(es) do artigo do Público em que Maria de Lurdes Rodrigues consegue ser criticada simultaneamente pela permissividade nos exames de Matemática (nunca houve notas tão altas) e pelo rigor excessivo nos exames de Português (nunca houve notas tão baixas)...
No anúncio – o original – da Pasta Medicinal Couto é que se dizia: Palavras para quê?...
Já sabes que se não for presa por ter cão terá de o ser por o não ter!
ResponderEliminarComo tu dizes, aliás muito bem, como sempre, "A culpa é dela e mai' nada..."
Caro A. Teixeira:
ResponderEliminarParte-se do principio que a senhora é a responsável política e técnica de um ministério que é talvez o maior do país.
Não é responsável pelo ministério?
Recebe um ordenado, presumo, por ser ministra. É responsável pelo ordenado que recebe ou não é?
Percebo que queira dizer que não existe coerência em quem critica a senhora acusando-a de facilitismo num lado e rigor no outro, mas o problema como o caro A.Teixeira já decerto compreendeu é outro.
A senhora não tem capacidade, nem condições para continuar a ser ministra da educação.
Como não tem, agora está colocada numa posição em que dá o flanco e faça o que fizer e aconteça o que acontecer a senhora será sempre criticada.
Portanto, num certo aspecto concordo consigo: a culpa maior é de quem mantém esta senhora em funções.
E não é normal que se vejam alunos a sair de exames de matemática a dizer que "aquilo foi fácil".
Não é normal nem desejável.
E além disso o A.Teixeira deveria também ter mencionado as inacreditáveis declarações da DREN norte ao exclamar que "os alunos tem o direito ao sucesso".
Vivo enganado. Pensava que o alunos tinham o direito a serem decentemente ensinados, afinal tem direito ao sucesso, o que é coisa diferente.
Quando alguém diz "os alunos tem o direito ao sucesso" também podemos dizer "palavras para quê"?
E peço-lhe que não entenda isto como um ataque pessoal que não é.
Apenas me mete um intenso nojo uma pseudo política de educação que apenas visa enganar as pessoas convencendo-as que são muito melhores do que aquilo que na realidade são, para produzir resultados estatísticos para mostrar na OCDE.
É apenas o que isto é. Isto não é uma política de esquerda, nem de direita, é uma política estatística, visando criar ilusões na pessoas.
Esqueci-me de assinar:
ResponderEliminarcomentário anterior e este
DISSIDENTE-X
Meu Caro Dissidente:
ResponderEliminarIa-se esquecendo de assinar (o que é dispensável, o seu estilo é inconfundível) e, na minha opinião, depois da assinatura bem poderia ter-se despedido com o título do poste: A culpa é dela e mai´ nada!!!
Mais a sério: É claro que o que escreveu é um ataque pessoal. Não contra mim mas contra a ministra da educação. Note que eu não me pronunciei sobre políticas do ministério, nem sobre “o problema”, que o Dissidente considera outro, nem sobre a Dra. Margarina da DREN… O que o poste expõe é o ridículo supremo de, num artigo de um jornal que se tem por responsável, criticar simultaneamente alguém por agir de uma forma e por agir da forma contrária.
A incoerência do artigo do jornal não é equivalente a dar razão automaticamente ao ministério, mas fragiliza bastante o conteúdo das críticas – enormes, depois do fiasco da privatização da PT falhada por Belmiro… – do Público ao governo de José Sócrates. E como isto não é futebol, penso não ser obrigatório ter de torcer por algum “clube”…
Mas não quero deixar de lhe dizer como registo a “coincidência” como a personalidade do titular da pasta afecta a nossa percepção dos problemas. Ainda ontem, parece que um condutor que se tentou evadir a uma operação STOP e foi baleado por um GNR esteve cerca de uma hora à espera de ambulância… Tem dúvidas, Dissidente, que, se ainda lá estivesse, a culpa teria sido de Correia de Campos e da “sua” reorganização das Urgências?
Para utilizar uma terminologia crua, no seu estilo, Dissidente, eu não sou grande apreciador de “Festa Brava”, mas não desdenho de ver algum toureio a pé. O que eu detesto é que façam de mim touro, me acenem com a capa, à espera que eu marre para aquele lado… E muitas vezes (e desta vez), pela forma como as notícias estão redigidas parecem mesmo concebidas para isso…
clap! clap! clap! clap!sr Herdeiro (li os comentários e as respostas e tudo..)
ResponderEliminar:))
A.Teixeira:
ResponderEliminarmas concerteza.
Mas o jornal Público alguma vez foi algo de diferente(quer dizer, até foi quando o Vicente Jorge silva era director, mas isso foram noutras eras...altura em que comprava e lia o Jornal religiosamente...).
E em parte por isso que não concordo com a sua ideia de isto estar a acontecer após a Opa falhada.
Apesar de não gostar do actual governo, tenho que ser justo e reconhecer - parece-me - que mal o actual Governo entrou em funções o Jornal Público começou logo a "bicá-lo".
Com um director daqueles... que é que se estava à espera....
E também concordo com a sua analogia em relação a Correia de campos(personagem que detesto) mas o seu exemplo é bem dado. Ele de facto seria criticado por isso.
E com a sua interpretação da questão de achar que o estão a fazer de parvo( e a todos nós ao fim ao cabo) com estas notícias "fabricadas".
Mas aí os jornalistas tem que se culpar a si próprios.
A falta de independência e de qualidade do jornalismo, também por causa das audiências, está a levar a isto.
Qual é a solução dos jornalistas, da classe para uma coisa como essa?
Eu diria que deveria ser proibido por lei existir tanta concentração de jornais em apenas algumas empresas, mas aqui d´el rei que isso ataca o liberalismo e é comunismo disfarçado...
Depois tem-se disto.
Dê a sua opinião acerca de uma solução para isto. Estou à vontade porque deixei de comprar jornais precisamente por causa do problema jornalístico que aqui está.
Embora isso não apague a péssima política conduzida pela senhora ME e pelo chefe dela...
Quanto ao meu estilo inconfundível...ora batatas...mas estou a ser tão previsível?
Dissidente - x