14 julho 2008

QUAL É O PROBLEMA??

Para os mais esquecidos ou distraídos, Miguel Graça Moura é um maestro que aqui há uns três anos se tornou nacionalmente famoso, não propriamente pelas peças musicais que tenha dirigido, mas pelas clamorosas irregularidades financeiras que uma auditoria detectou à sua actuação enquanto dirigente da Orquestra Metropolitana de Lisboa. Ficaram notáveis as notícias relacionadas com a liberalidade das despesas que o maestro fazia usando o cartão de crédito que lhe fora dado a título institucional (comprando os mais variados artigos para sua casa, vestuário, jóias e viagens), até às rocambolescas peripécias do seu despedimento, que envolveram mesmo um sequestro do maestro ao bom estilo do PREC.
Insatisfeito, no ano passado, Miguel Graça Moura voltou a ser notícia, agora porque colocou uma acção contra o Estado onde reclama cerca de dois milhões de euros. Nas suas próprias palavras: O autor era figura pública, com uma carreira fulgurante reconhecida nacional e internacionalmente (…). Deve ser para recuperar algum desse fulgor que hoje tempos oportunidade de o ler num artigo de opinião do Público (p.33) intitulado O tabu do Bloco Central: qual é o problema?. Ora quando uma pergunta destas é colocada por alguém que considerou normal ter gasto pessoalmente 350 000 euros num ano numa organização falida, creio estarmos diante de alguém que têm um enorme problema em identificar problemas… Não sei se a opção do Público foi a mais feliz...

3 comentários:

  1. Mas então qual é o problema? cabe-me agora a mim perguntar. Pois se o senhor é vítima "de homicídio de carácter doloso", pois se está a precisar do dinheirito para os tratamentos psiquiátricos que, como todos sabemos são caros e ele deve ir a um psiquiatra dos bons - aliás, se tivesse começado os tratamentos antes talvez não tivesse acabado a escrever para o Público - bem, mas isto são apenas reflexões minhas. Pois se está habituado a comprar umas coisinhas e a vida está cara, que está, não há-de ele tentar a sua sorte? Vá lá, não sejas assim!

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  2. Era de prever e já tardava, digo eu que estou numa terra onde há muita batuta e pouca batota.
    Aí há, sobretudo, a velha lógica da batata.

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  3. Quem redige as suas queixas da maneira que citaste, Donagata, sem qualquer pudor pelos exageros, deve ser maestro que torna as orquestras desnecessariamente barulhentas, abusando dos instrumentos de sopro.

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