
A
febre de Malta (também conhecia por
brucelose) é uma doença que tem um nome de ressonâncias aristocráticas (Malta foi a sede da
Ordem dos Cavaleiros Hospitalários até 1798), mas que, paradoxalmente, se costuma apanhar quando se come queijo fresco nos sítios mais
chungas. A bactéria que provoca a doença costuma ser eliminada com uma simples pasteurização prévia do leite que servirá de matéria-prima à feitura do queijo, mas os queijos que a contêm, naturalmente, não foram sequer tratados.

Deve ter sido a pensar em produções artesanais no estilo da saudosa e romântica
casa de pasto que Vasco Pulido Valente desata a escrever coisas como
Nunca ninguém sabe o que está dentro (e fora) de um queijo (…) Mas talvez seja preferível não saber a uma vida fiscalizada pela ASAE. É por estas ocasiões, em que ele escreve mais um destes disparates grandiloquentes e inconsequentes, que adoraria que ele se confrontasse com uma das consequências do que escreve, e que apanhasse - só para aprender! - uma daquelas
caganeiras em que nem se conseguisse levantar da sanita por todo a semana…

Há quem defenda que a febre de malta pode provocar também, ataques de diarreia mental. Será o caso?...
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